Como a sua escola seleciona os novos professores? Há um processo estruturado, com provas, avaliação de títulos e entrevistas com questões pré-elaboradas, ou você ainda não encontrou os critérios para determinar o profissional mais compatível com a sua instituição?
Cada escola possui suas características próprias, que projetam sua imagem, mas alguns valores e ideais são comuns a todos que elegem a educação como sua missão. Os itens de que trataremos a seguir se referem aos modos e atitudes que têm gerado bons frutos na formação de cidadãos nos últimos anos. Vale a pena conversar com seus professores sobre eles.
1 – Estágio docente
Estágio docente é um termo mais utilizado durante a realização de uma pós-graduação, enquanto a prática educativa durante a licenciatura é mais comumente chamada de estágio curricular supervisionado. De qualquer forma, a ideia é que o primeiro contato do novo professor com os educandos não seja um choque e decorra de uma ambientação, proporcionada pelo acompanhamento de um profissional mais experiente.
Então, no momento em que um novo educador esteja se candidatando a uma vaga na sua instituição, converse com ele sobre a experiência do estágio em docência. Pergunte o que ele sentiu ao se deparar com a turma cheia pela primeira vez, se as expectativas corresponderam à realidade, como ele reagiu ao parecer do avaliador da prática e assim por diante. Encare o estágio como um “experimento controlado”, por meio do qual o profissional da educação é refinado e chega às escolas mais “lapidado” e pronto para brilhar!
2 – Conexão total
Não há mais como negar os benefícios que a tecnologia traz para a educação. É claro que devemos ter critérios para saber o que realmente contribui para o aprendizado e para a gestão escolar e o que não passa de modismo. O professor pode ser um grande aliado nesse tipo de avaliação, informando o que realmente é usado no dia a dia e faz a diferença na hora de levar o conhecimento aos alunos.
Por conta disso, não hesite em conversar com seus professores – novos ou experientes – sobre ferramentas tecnológicas. Pergunte o que eles empregam para facilitar e automatizar tarefas e também o que eles ainda não têm, mas imaginam que transformaria sua produtividade.
Alguns tópicos a serem discutidos são: como são enviados recados para os pais? Como pais e alunos são lembrados dos eventos? Como são compartilhados os registros dos momentos importantes das crianças? Como é feito o acompanhamento das ocorrências e avaliações antes do final dos períodos?
3 – Formação integral e inteligência emocional
Como nos explica o Colégio Marupiara, formação integral e educação de tempo integral são coisas diferentes. O objetivo da formação integral é romper com o modelo tecnicista, baseado em métricas como os testes de QI, e pensar no aluno como um ser humano, com aspectos sociais, psicológicos, pedagógicos e afetivos.
É por isso que esse conceito está estreitamente ligado à inteligência emocional, um conceito originalmente popularizado por Daniel Goleman em meados da década de 90. No Brasil, temos a Escola da Inteligência, um programa de educação socioemocional do psiquiatra Augusto Cury, que já está presente em 450 escolas.
Saber gerenciar emoções e valorizar as múltiplas inteligências pode ser um grande diferencial na sua equipe docente.
4 – Bilinguismo
A alfabetização em duas línguas ainda está cercada de mitos no imaginário popular, mas o fato é que cada vez mais escolas estão adotando esse sistema, colhendo ótimos resultados. Uma das barreiras, no entanto, é a alta demanda por professores capazes de ensinar no segundo idioma, geralmente o inglês.
Então essa dica vai mais para os professores mesmo, porque os diretores já estão ligados: por mais puxada que seja a licenciatura, as pós-graduações, os cursos de atualização, arrume também um tempinho para o curso de idiomas, ou pelo menos para brincar um pouco no celular com apps como Duolingo e Memrise. Vai compensar!
5 – De olho nas tendências
Este item é um pouco recursivo, afinal a ideia é que uma das tendências é estar de olho nas tendências. Mas é a pura verdade! Quando falamos em tendências, estamos fazendo previsões, baseadas em evidências, claro, mas que podem ser afetadas por fatores que ainda não estavam sendo percebidos.
Por conta disso, alguém realmente preocupado com o futuro, como se espera naturalmente dos docentes, tem que estar por dentro de tudo o que está acontecendo no setor educacional, tanto em termos de mercado quanto de legislação, passando por correntes filosóficas.
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