Você já notou como a tecnologia ganhou papel protagonista nas escolas desde que as aulas presenciais precisaram ser suspensas devido à pandemia de Covid-19? Até as instituições menos entusiastas dos recursos digitais acabaram recorrendo a eles para que as atividades não precisassem ser suspensas por completo, e durante tempo indeterminado. A Transformação Digital na Educação, que já vinha acontecendo gradualmente, agora entrou em “ritmo de trem-bala”.
O que é Transformação Digital na Educação?
Transformação Digital é um conceito no qual os recursos tecnológicos não têm o papel apenas de auxiliar os processos, os processos é que são estruturados sobre bases digitais, e com intuito estratégico. Assim, o que ocorre não é somente uma “digitalização” do que já é feito de forma física, mantendo o pensamento físico do “fazer as coisas”. A criação dos processos, nesse conceito, já tem em vista desde o início o meio no qual eles serão concebidos e as possibilidades que traz. Dessa forma, ao aderir à transformação digital, as ideias também devem seguir um raciocínio digital, e se direcionar a objetivos claros.
Quando a Transformação Digital é levada para o contexto da educação, o que se observa é a ampliação de horizontes provocada pelo desmoronamento das barreiras físicas que limitavam as possibilidades. A educação consegue, com o alicerce da tecnologia, chegar aonde nunca esteve, e ingressar em uma nova etapa na evolução do ensino ao longo da história.
Se pensarmos que a escola tem o objetivo de preparar cidadãos capazes de lidar com os desafios da vida em sociedade, e de encontrar um lugar nela por meio da inserção no mercado de trabalho, percebemos que a Transformação Digital na Educação já era um caminho inevitável.
A tecnologia hoje é a “teia” que cola o mundo. Ela permeia os mais diversos segmentos e as rotinas pessoais, transpõe distâncias e torna o mundo um lugar menor, sem barreiras geográficas e com possibilidades ilimitadas. Portanto, essa é uma realidade à qual a escola não pode se abster, pois é com ela que o aluno irá se deparar toda vez que cruzar os muros da instituição.
Como a Transformação Digital na Educação foi acelerada pela pandemia?
Desde que as aulas presenciais precisaram ser suspensas, as escolas deram início a uma corrida em busca de soluções digitais que permitissem a continuidade das aulas, de forma que o aprendizado e as rotinas escolares sofressem o menor impacto possível com a mudança. As instituições que já desfrutavam de uma relativa maturidade digital largaram na frente, e conseguiram atingir esse objetivo de forma mais assertiva. As escolas que ainda não adotavam a tecnologia em seus processos acabaram, da mesma forma, tendo que trilhar esse caminho, mas partindo do zero.
No contexto geral, a Transformação Digital ganhou tração – seja pelo avanço do nível de maturidade digital de escolas já abertas à tecnologia, seja pelo “start” na jornada digital de escolas ainda muito imersas no analógico. Veja os principais pontos de Transformação Digital na Educação no cenário atual:
Realização das aulas
O aspecto mais visível da Transformação Digital na Educação é na própria realização das aulas. Com o isolamento social, elas hoje só são possíveis por transmissões ao vivo ou gravações, e tudo está cada vez mais estruturado.
No início, claro, não foi assim. Na busca por uma solução rápida para a continuidade das aulas, muitas instituições de ensino recorreram ao improviso. Usaram soluções genéricas para a realização das transmissões, que não eram específicas para as necessidades escolares, mas que foram úteis em um cenário emergencial de curto prazo.
Passado o primeiro momento, porém, as escolas viram que era preciso progredir com o EaD, e foi aí que a transformação digital na educação realmente começou. Instituições de ensino de todo o país iniciaram uma nova busca, dessa vez por algo mais maduro e específico para o segmento escolar, que permitisse a realização das videoaulas de maneira organizada. Afinal, o caos inicial precisava ser superado, pois só assim uma rotina de aulas poderia ser estabelecida em meio a essa nova realidade.
O que se viu então, nesse segundo momento, foram escolas estruturando as aulas sobre bases digitais. As facilidades do meio começaram a ser exploradas, como por exemplo a categorização das disciplinas e as permissões de acesso aos estudantes de acordo com a grade de aula deles. O salto de aprendizado já é gigantesco, e não só para os alunos, mas para todo o ecossistema escolar, que enfim começa a entrar de cabeça na era digital.
Materiais
O aprendizado envolve um contexto maior do que apenas a execução das aulas. Os materiais didáticos – usados para atividades em aula, deveres e estudos – também são ferramentas essenciais ao ensino. Esse é outro ponto em que a Transformação Digital na Educação está chegando em ritmo veloz.
Antes, o uso de materiais didáticos digitais ocorria de forma complementar em muitas instituições. Já em outras, tais recursos eram praticamente inexistentes. Agora, porém, eles são a “bola da vez”, e o motivo não é difícil de adivinhar. Com a pandemia as escolas perceberam – e da pior maneira – que o papel é uma ferramenta bastante limitada, e que em um cenário de urgência, ele acaba deixando a todos “na mão”.
Assim, começou a corrida para a produção, digitalização e busca na internet por materiais que pudessem ser enviados aos alunos. Em seguida, surgiu uma outra questão: qual a melhor maneira de enviá-los?
Escolas com pouca maturidade digital viram no WhatsApp e no portal do aluno os caminhos mais óbvios para essa necessidade. Porém, alguns problemas começaram a se apresentar:
- No WhatsApp, os materiais ocupam muita memória do celular do aluno e ficam misturados aos outros arquivos que ele baixa. Além disso, o canal é informal, e costuma ser usado pelo estudante para o contato com a “galera”. Não é um caminho pelo qual ele queira um contato com o professor.
- No portal do aluno, o professor não sabe se o estudante acessou o material ou não. Para a nova geração, esse caminho também é bastante ultrapassado, pois é necessário lembrar de acessar o endereço eletrônico e se logar, para então saber há novidades, em vez de simplesmente receber uma notificação quando isso acontece.
A experiência traz a maturidade. Muitas escolas começaram a perceber que essa parte do ensino também não deveria ser feita “de qualquer jeito”, pois é o aprendizado ao aluno que está em questão. A solução que muitas encontraram foi realizar esse envio também de forma estruturada, dentro de ferramenta própria para isso, que atendesse aos seguintes quesitos:
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Facilidade de entrega e organização
Recebimento dos materiais no canal que o estudante mais usa, o celular, mas de forma organizada, sem deixar que conteúdos didáticos fiquem misturados a arquivos e conversas do aluno que não têm relação com a escola.
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Armazenagem em nuvem
Hospedagem do material em nuvem, para que arquivos pesados possam ser enviados ao estudante, mas sem comprometer a memória do celular dele.
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Status de entrega e visualização
Status que permita ao professor saber se o aluno realmente recebeu o material e se o visualizou.
Avaliações
No ensino regular, o aprendizado é constantemente medido na forma de avaliações. Em geral, o professor entrega a prova física aos alunos durante a aula e fica observando a execução dela, para garantir que não haja cola. Com o isolamento social, essa dinâmica tornou-se impossível, e mais uma vez as escolas precisaram encontrar alternativas para preencher essa lacuna.
A solução, como não poderia deixar de ser, veio do meio virtual, que deu uma resposta rápida a essa necessidade nova no país: provas online para crianças e adolescentes do ensino regular. Novamente, a Transformação Digital na Educação foi acelerada.
Hoje muitas escolas já incorporaram às rotinas de EaD a aplicação de avaliações virtuais. Instituições com um nível de maturidade digital maior estão fazendo isso de forma estruturada, usando recursos específicos para essa necessidade, sem os improvisos que foram necessários no início.
Esse nível, em que não apenas se sobrevive às adversidades (improvisação), mas se prospera em meio a elas (uso estruturado), é quando há evolução. É então que a maturidade digital chega, e a Transformação Digital na Educação acontece.
Lições aprendidas
São nos momentos mais adversos que o progresso acontece. Situações extremas nos tiram da zona de conforto e nos forçam a atitudes que, muitas vezes, estamos sempre protelando. Passado o caos, sempre há aprendizado. Com a pandemia e toda a dificuldade que a educação está enfrentando para prosseguir, também há lições a serem aprendidas.
Você pode reparar, por exemplo, que apesar de esse momento pegar a todos de surpresa, algumas escolas já estavam mais preparadas do que outras. Isso porque algumas já usufruíam de um bom nível de maturidade digital, enquanto outras ainda estavam completamente no mundo analógico, fazendo tudo por meio do papel.
Veja um comparativo:
Aulas
- Escolas digitalmente maduras – continuaram com as aulas de forma online imediatamente, ou poucos dias depois da suspensão das aulas presenciais.
- Escolas do estágio papel – anteciparam as férias para contornar o problema, mas passado o período de férias, começaram a buscar alternativas para continuar com as aulas de forma digital.
Comunicação com os pais
- Escolas digitalmente maduras – mantiveram um fluxo de comunicação normal com os pais via agenda digital, tranquilizando-os e mantendo-os informados.
- Escolas do estágio papel – cessaram a comunicação com os pais ou tentaram mantê-la de forma improvisada, usando recursos não específicos como redes sociais e WhatsApp.
Inadimplência
- Escolas digitalmente maduras – puderam enfrentar melhor o problema da inadimplência, pois como conseguiram continuar com as aulas de forma virtual, tinham argumentos para justificar o pagamento das mensalidades.
- Escolas do estágio papel – enfrentaram grandes problemas com inadimplência, pois como as aulas estavam paradas, os pais não entendiam porque deveriam continuar pagando as mensalidades.
Conclusões
A tecnologia é uma realidade à qual não se pode fechar os olhos. As escolas que tentaram, passaram por dificuldades ainda maiores do que aquelas que não o fizeram. As instituições que enfrentaram o desafio da suspensão das aulas presenciais de forma mais assertiva foram aquelas que se abriram para a tecnologia muito antes de tudo isso acontecer. Não que para elas tenha sido fácil, mas o grau de dificuldade foi incomparavelmente menor.
O cenário de pandemia vai passar, disso todos sabemos, mas é importante aprender com ele. Novos desafios sempre podem surgir, e se você não estava preparado desta vez, esteja na próxima! Afinal, o apego à maneira analógica de se “fazer as coisas” não te ajudou quando você mais precisou, não é mesmo? Então desapegue-se! Abra-se para o digital, e caminhe em sintonia com o mundo.
Como começar a jornada de Transformação Digital na Educação
Se a jornada de Transformação Digital na Educação ainda não começou para a sua escola, sempre há tempo. Não dá para voltar ao passado e começar o período de pandemia já com maturidade digital, mas é possível evoluir de agora em diante.
Se você quiser a nossa ajuda, aqui na ClipEscola criamos o Programa M3I, que conduz as escolas gradualmente do nível mais básico até o mais avançado da tecnologia. Tudo se desenha dentro da Plataforma de Transformação Digital M3I, que é um recurso completo para a comunicação escolar, marketing, aprendizagem virtual e muito mais.
Especificamente para o contexto do EaD, a nossa solução possui recursos para:
- Transmissão de aulas ao vivo por meio de salas de aula virtuais
- Envio de materiais
- Recebimento de trabalhos
- Aplicação de provas
- Comunicação com os alunos para tirar dúvidas
Quer entender melhor como funciona? Basta solicitar informações por aqui.
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