Na maioria das escolas brasileiras as aulas já começaram, mas sabemos que o terrível hábito de deixar tudo para a última hora pode gerar bastante stress nessas primeiras semanas. Mesmo com todos os descontos, divulgações e pedidos, a indecisão pode arrastar a matrícula para o momento mais atribulado: o de retorno das férias.
Para conduzir esse processo crítico com qualidade máxima, é necessário atentar a algumas regrinhas e convenções que garantem segurança tanto aos pais e alunos quanto à instituição de ensino. Jogando limpo, todo mundo ganha!
A prioridade é da casa
A Lei nº 9.870/99 determina que os alunos já matriculados têm direito à renovação da matrícula, desde que estejam com os pagamentos em dia. Como as rematrículas representam a maior parte da receita em muitas escolas, manter um bom relacionamento com os pais, fazendo eles sentirem que fizeram a escolha certa, é fundamental.
Normalmente, com os “da casa” as coisas já estão bem encaminhadas a essa altura do campeonato. Então, é preciso administrar as vagas remanescentes, resultado de ampliações na estrutura ou transferências.
Lidando com os “atrasadinhos”
Conforme descrito na lei, as mensalidades são o valor total do custo do semestre ou ano dividido por 6 ou 12, respectivamente. Infelizmente, alguns pais ainda pensam que podem ser beneficiados se matricularem o filho só em fevereiro ou março, esperando com isso terem abonados os primeiros pagamentos.
É necessário promover a conscientização contra essa prática, porque além dos valores integrais continuarem sendo necessários para o equilíbrio financeiro da escola, quem mais sai perdendo é o aluno, que além de deixar de assistir aulas ainda sofre com a ansiedade de ver os amiguinhos retornando aos estudos enquanto ele se encontra em uma situação irregular. A instituição de ensino até pode oferecer um reparcelamento para viabilizar a contratação, mas deve deixar claro que a matrícula antecipada é sempre a melhor opção.
Explicando o reajuste
A planilha de custos é a melhor amiga do gestor escolar, mesmo parecendo um pouco cruel às vezes. Com ela, fica bem mais simples explicar o aumento médio de 15% previsto para as mensalidades escolares em algumas regiões em 2017. Os principais pontos que não podem ser esquecidos são:
- A inflação estimada em 4,47%;
- Os acordos coletivos para reajuste de salários de professores e demais funcionários;
- Melhorias estruturais e do processo pedagógico;
- Manutenções emergenciais e preventivas;
- Oferecimento de novos recursos didáticos e de comunicação;
- Atendimento a alunos especiais, conforme notas técnicas do MEC.
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