A instituição escolar voltará profundamente transformada da pandemia. Após ser atravessada por um trem desgovernado chamado Coronavírus, ela nunca mais tornará a trilhar os velhos caminhos. Um novo tempo começou para a educação, e o professor é parte crucial dessa transformação sem precedentes. Quando as portas das escolas reabrirem, os educadores que entrarão por elas não serão os mesmos que saíram, e sim profissionais renascidos, forjados na tormenta. Não poderia ser diferente, pois os desafios mudaram, e as habilidades necessárias para o novo professor da educação pós-pandemia também!
Você conhece as habilidades que são requeridas do professor nesse novo cenário? Não? Então venha comigo, vamos falar sobre elas!
Consciência tecnológica
Para quem ainda acreditava que era possível fazer educação sem tecnologia, a pandemia foi um choque de realidade. O aprendizado se fez sem a estrutura física escolar, mostrando que escola é muito mais do que tijolos e cimento, mas que para isso é preciso abraçar o digital. É justamente essa consciência que o novo professor deve ter. Afinal, as instituições de ensino precisam estar preparadas para qualquer imprevisto que impossibilite o uso de suas estruturas, e esse preparo passa pelo professor.
Mesmo sem pensarmos em situações caóticas, a tecnologia é uma ferramenta que já se instalou na educação, e hoje está tão entranhada nela que não é mais possível fazer uma separação. O motivo é simples: o digital traz possibilidades gigantescas ao ensino. Com ele, o aprendizado pode ir além. Uma vez que isso é descoberto, não há mais retorno. A tecnologia entrou de vez na educação, e o novo professor não pode ter medo dela.
Isso não quer dizer que ele precise já chegar no período pós-pandemia dominando tudo. O essencial é ter a disposição para aprender, é não rejeitar novos recursos digitais somente por não querer fazer algo de uma forma diferente. A característica principal que o novo professor precisa ter no tocante à tecnologia, portanto, é a mente aberta ao digital, porque o resto vem naturalmente!
Conexão com tendências da área
Sempre estão surgindo novos métodos de ensino, novas pesquisas, experimentações, etc. O novo professor precisa estar antenado a isso. Na pandemia muita coisa diferente foi testada, e os resultados, em muitos casos, foram extremamente satisfatórios. Não é preciso esperar por uma nova situação de caos para descobrir maneiras diferentes e incríveis de fazer as coisas. O lugar da criatividade e da inovação é no dia a dia!
Espera-se que o novo professor seja um profissional mais “ligado” no que “está rolando” no campo educacional. O ideal é que ele fique de olho nas tendências, realize testes em sala de aula e mude a forma de fazer as coisas sempre que encontrar resultados positivos nessas experiências.
É interessante até que os professores compartilhem os resultados que estão colhendo com os colegas e com os coordenadores pedagógicos, para que assim escolas inteiras possam se beneficiar. Dessa maneira, a educação poderá evoluir cotidianamente, e não apenas em momentos críticos.
Inteligência Emocional
Uma habilidade muito esperada do novo professor do cenário pós-pandemia é a inteligência emocional. Trata-se da capacidade de reconhecer e avaliar os próprios sentimentos e os dos outros, e então saber como lidar com eles. Se essa competência já era importante em épocas normais, é ainda mais essencial em um contexto de volta às aulas após uma pandemia.
Durante todos esses meses de ensino a distância, alunos e professores tiveram uma quebra brusca de rotina para a qual não se prepararam previamente. Foi uma adaptação que exigiu muito de todos, algo que afeta a saúde emocional. Muitas pessoas também perderam entes queridos devido ao Covid-19, ou elas próprias adoeceram e se curaram. Todos esses aspectos precisam ser levados em consideração na volta às aulas.
O ideal é que a sala de aula passe a sensação de acolhimento, que a comunicação com os alunos seja empática, que casos de estudantes mais abalados sejam tratados com especial cuidado e que o próprio contato com as famílias seja assertivo e leve em conta esse aspecto emocional. Para isso, é importante que o professor busque um aprimoramento no campo de inteligência emocional. Há muitos livros e vídeos disponíveis na internet sobre o assunto que podem ajudar.
Mediação do aprendizado
Não é de hoje que se fala da importância de o professor adquirir em sala de aula uma postura mais voltada à mediação do aprendizado, abrindo espaço para o aprendizado ativo, o protagonismo dos alunos e a construção coletiva do conhecimento. Essa concepção já era posta em prática por muitos educadores, e na pandemia teve mais abertura do que nunca. Na volta às aulas, esse novo olhar sobre a educação deve seguir em progresso constante, e o novo professor precisa estar preparado para uma mudança de postura.
A postura de mediador é aquela em que o foco do profissional não é simplesmente em repassar conhecimento, e sim construí-lo com os alunos por meio de debates, dinâmicas, projetos e outros formatos ativos. A ideia é que o aluno não seja apenas “abastecido” por informação, mas que ele adquira a capacidade de raciocinar e chegar às próprias conclusões; que ele seja instigado a ir atrás do conhecimento, e não apenas a recebê-lo já “pronto e embalado”; que ele saiba não só responder, mas também questionar.
Toda essa transformação na figura do professor e na postura dele em aula já começou. Após a pandemia, as escolas darão cada vez mais espaço a profissionais que tiverem essa capacidade de se reinventar e de rever a própria maneira de condução das aulas. Afinal, o período de EaD “desengessou” a visão de muitos gestores, e agora eles viram que é possível ter resultados diferentes promovendo a educação de forma diferente. Por isso, a dica é: prepare-se e reinvente-se!
Aperfeiçoamento constante
O aprendizado não pode ser algo estático, nem mesmo para educadores. As coisas mudam muito depressa, e a capacidade de aperfeiçoamento constante é uma característica esperada do novo professor. Afinal, a tendência é que a educação se transforme muito daqui para a frente, e a atualização profissional do educador deve caminhar em sintonia com ela.
A busca do professor por mais conhecimento pode se dar por meio de cursos livres, novas graduações acadêmicas, treinamentos online, webinars, livros, artigos, etc. O essencial é que seja contínua, pois em uma época de tantas mudanças, é muito fácil ficar desatualizado.
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