Que a tecnologia contribui para o ensino de conteúdos didáticos, todo mundo já está “careca de saber”. Mas você sabia que implementar a inovação digital em sala de aula também pode ajudar a escola a trabalhar com os sete valores essenciais da educação? Sim senhor! Abaixo fizemos uma lista explicando cada um deles e como a tecnologia pode ser usada para agregar. Bora conferir?
1 – Capacidade de adaptação
Vivemos no Mundo VUCA, volátil, incerto, complexo e ambíguo. As coisas mudam em uma velocidade sem igual, seguem caminhos imprevisíveis, complexos e, muitas vezes, com inúmeros desdobramentos e alternativas para escolher. Esse é o cenário que os seus alunos vivenciarão na vida adulta, especialmente no futuro profissional. É importante que a escola os prepare para isso.
Então, estamos falando de um valor ligado à flexibilidade, à capacidade de se adaptar a qualquer cenário que se apresente. É muito provável, por exemplo, que os estudantes de hoje trabalhem em profissões que nem foram inventadas ainda e que utilizem ferramentas e tecnologias que ainda serão criadas no futuro. Ao longo da jornada deles, tudo mudará novamente, várias e várias vezes, e eles precisarão ser capazes de se adaptar.
Desenvolver essa habilidade – essa abertura ao novo sem medo ou pessimismo – é algo muito mais fácil se esse valor já é trabalhado com o aluno desde a infância. Por isso, a escola é um elemento crucial, e cabe a ela ensinar o aluno a pisar com passos firmes nos terrenos incertos desse mundo.
Como a inovação digital pode contribuir
Sabemos que a velocidade das mudanças está intrinsecamente ligada aos avanços da tecnologia. Então, o primeiro passo é colocá-la dentro da rotina dos alunos em sala de aula. Eles devem conhecer recursos tecnológicos atuais, saber manuseá-los, explorar as possibilidades que trazem e usá-los para fins produtivos.
Um outro ponto é estar sempre alimentando a cultura de inovação digital por meio da introdução de novos recursos ou de usos diferentes das mesmas ferramentas. O importante é que o estudante nunca fique dentro de uma zona de conforto. Ele sempre precisa se deparar com a mudança e aceitá-la como parte do processo. Assim, desenvolverá naturalmente a capacidade de adaptação que será tão necessária a ele um dia.
2 – Expansão do conhecimento
Foi-se o tempo em que o normal era concluir os estudos – ensino médio, faculdade, pós etc. – e depois poder relaxar o cérebro e trabalhar apenas com o conhecimento adquirido até ali. Isso não serve mais para os dias atuais, nos quais tudo fica defasado muito depressa. Os profissionais de hoje sabem que para que permaneçam competitivos no mercado, precisam manter seus conhecimentos em atualização constante. O estudo não é mais algo que tenha um fim, é algo que nos acompanha ao longo de toda a vida.
Esse é um valor que precisa ser cultivado desde cedo. É importante que a escola incentive o estudante a buscar conhecimento para além do que é passado em aula ou do que está na apostila. Ele deve criar o hábito de buscar mais informações por conta própria, em pesquisas, atividades extracurriculares, palestras etc.
Até mesmo dentro das atividades da escola é possível incentivar que os alunos continuem ampliando seus conhecimentos sobre o assunto fora do horário de aula por meio de trocas com os colegas. A aprendizagem colaborativa ajuda muito na expansão do conhecimento.
Como a inovação digital pode contribuir
A escola pode começar a criar a cultura de atualização constante incentivando a aprendizagem colaborativa extraclasse. Para facilitá-la, pode disponibilizar um ambiente virtual de aprendizagem com recursos como fóruns e grupos monitorados de conversas entre estudantes. É possível até oferecer incentivos como nota de participação aos que forem mais ativos nessas trocas.
Outra inovação digital que a escola pode implementar para trabalhar esse valor é a agenda digital, que pode ser utilizada para o envio de dicas aos estudantes. Elas podem conter indicações de podcasts; vídeos; bibliotecas virtuais; museus e locais históricos para visitar por meio de tours virtuais; webinars; cursos livres; sites e blogs com conteúdos relevantes; tutoriais online; infográficos multimídia; ferramentas online etc.
Se a instituição de ensino conseguir criar essa cultura de trocas constantes entre os estudantes e de envio periódico de dicas de conteúdos relevantes a eles, será capaz de aguçar esse desejo de busca por conhecimento. Assim, ao longo do tempo, isso se tornará um hábito. Esse hábito naturalmente será levado para a vida adulta e fará uma grande diferença no futuro profissional dos seus alunos.
3 – Independência
Independência é um valor de extrema importância em todas as esferas da vida. Ela dá ao indivíduo a capacidade de tomar decisões por conta própria – analisando fatos, refletindo e formando um pensamento crítico. Permite que ele trace os próprios caminhos, faça as próprias escolhas, não seja alvo de manipulação e tenha coragem de ir aonde quer chegar.
A capacidade de ser independente é algo a ser desenvolvido desde a infância. Aí entra o papel da escola, que deve “tirar as rodinhas da bicicleta” e dar condições para que os estudantes tenham mais autonomia e responsabilidade dentro das atividades, projetos e da aprendizagem como um todo.
Uma forma de se trabalhar com esse valor é por meio de metodologias ativas de aprendizagem, modelos híbridos de ensino, laboratórios maker, design thinking, debates etc. Há inúmeras possibilidades para desenvolver essa capacidade nos alunos ao mesmo tempo em que os conteúdos didáticos são ensinados. Inclusive, a fixação das informações é bem maior quando o estudante sente que é uma parte ativa desse processo.
Como a inovação digital pode contribuir
Muitos dos caminhos que a escola tem para trabalhar a independência dos alunos passam pela tecnologia. Metodologias ativas – como sala de aula invertida, aprendizagem entre pares e STEAM – se valem de recursos digitais em seus processos. Modelos híbridos – como rotação por estações, rotação individual e laboratório rotacional – também. Então, as ferramentas tecnológicas vêm para facilitar a aplicação de práticas que buscam ensinar e, ao mesmo tempo, dar independência aos estudantes.
Além dos métodos em si, é interessante que a escola disponibilize a qualquer tempo um ambiente virtual de aprendizagem aos estudantes, e que ele contenha diretório de conteúdos e fórum de discussões. Essa simples inovação digital já permite que os alunos tenham autonomia para buscar informações a hora que quiserem e para que realizem trocas com os colegas quando quiserem, perguntando ou respondendo dúvidas uns dos outros.
4 – Empreendedorismo
A população mundial deverá chegar a 8 bilhões até o final de 2022. Ao mesmo tempo em que o mundo está se tornando mais populoso, também está cada vez mais robotizado e automatizado. Isso significa que as escolas não podem preparar seus alunos apenas para serem funcionários de alguém, pois com essa mentalidade, não haverá emprego para todos. É importante que os estudantes também sejam formados para se tornarem empreendedores.
Uma maneira de fomentar essa capacidade entre os estudantes é a construção de projetos. Eles podem ser voltados para necessidades reais da comunidade ou para problemas hipotéticos. No final, devem resultar em um produto que solucione a necessidade ou o problema apresentado.
Outras ações que a escola pode fazer nesse sentido é a implementação de um laboratório maker; a oferta de aulas de robótica, prototipagem e/ou programação; a promoção de palestras voltadas ao empreendedorismo; a indicação de vídeos, podcasts e livros sobre o tema etc. É claro que as ações, para surtirem efeito, não podem ser algo esporádico. A mentalidade empreendedora é algo que se constrói ao longo de toda a vida escolar.
Como a inovação digital pode contribuir
Não há como pensar, nos dias atuais, em uma mentalidade empreendedora dissociada da tecnologia. Ela é, em si, o caminho mais curto para jovens conseguirem empreender. Afinal, ter uma ideia e torná-la rentável no mundo digital é algo muito mais barato do que no mundo físico. Não requer, por exemplo, custos com aluguel e, inicialmente, nem com funcionários. Então, por mais irônico que pareça, é algo mais palpável, sem tantas barreiras.
É claro que, para um jovem chegar nesse nível de querer empreender e ter ideias que realmente possam se tornar um negócio, ele precisa ter tido uma educação empreendedora e permeada por tecnologia e inovação. Ao menos, poder contar com isso é algo que facilita muito o caminho.
Os próprios métodos de ensino que trabalham com projetos fazem uso da tecnologia em diversas etapas, e o produto final, muitas vezes, não é físico. Nem preciso falar que laboratório maker, aulas de robótica, programação etc., requerem que a escola tenha essa cultura de inovação digital, né? Então, anote bem essa dica (no bloco de notas do seu smartphone, é claro)!
5 – Criatividade
A criatividade é uma importante soft skill a se desenvolver nos estudantes. Afinal, as hard skills – ou seja, os conhecimentos técnicos – já não são garantia de empregabilidade nem no mercado de hoje, quanto mais no do futuro. Acontece que conhecimentos técnicos podem ser ensinados para uma máquina, mas a criatividade é algo muito difícil de um robô reproduzir.
Nos dias atuais, a criatividade já é uma capacidade muito valorizada em diversas áreas de atuação. Ela permite que um profissional possa achar saídas não óbvias para diversos tipos de problemas, ter insights para a criação de produtos e realizar uma variada gama de produções criativas. Para o empreendedorismo, ela também é vital, pois todo negócio começa a partir de uma boa ideia.
Há uma série de práticas que a escola pode implementar para trabalhar com a criatividade. Entre elas estão: criação de projetos; atividades artísticas, como pintura, desenho, dança e artesanato; produções textuais; simulações; visitas (físicas ou virtuais) a locais culturais; paródias; oficina maker etc.
Como a inovação digital pode contribuir
O meio digital fornece uma série de ferramentas para se trabalhar com a criatividade. Hoje em dia, pessoas sem conhecimentos técnicos conseguem criar vídeos; sites; jogos; animações; infográficos; entre outros. Já existem recursos online disponíveis para que leigos façam coisas que antes somente pessoas que haviam feito cursos em determinadas áreas eram capazes de fazer. Isso é, inclusive, a base da cultura maker.
Pela internet os alunos também têm acesso a um acervo cultural incrível. Eles conseguem assistir peças de teatro, shows, ler poesias e textos de diferentes estilos, conferir ilustrações, realizar tours virtuais por museus e mostras artísticas, entre milhares de outras possibilidades. Todo um “caldeirão cultural mundial” cabe bem na palma de suas mãos.
Se a escola tiver uma forte cultura de inovação digital, ela pode inclusive promover projetos colaborativos entre os seus estudantes e os de outras escolas de diferentes partes do globo. Por meio de ambientes virtuais de aprendizagem, os alunos conseguem realizar reuniões virtuais para o projeto, trocar materiais e criar produtos online feitos a várias mãos. Esse tipo de intercâmbio abre a mente e ajuda o estudante a pensar fora da caixa. Então, como você pode ver, a tecnologia só agrega ao desenvolvimento da criatividade.
6 – Espírito de equipe
O espírito de equipe é uma habilidade exigida no mundo profissional. É fácil entender o porquê. É praticamente impossível atingir objetivos se cada um trabalhar de forma individual, sem unir esforços com a equipe. As pessoas de um time precisam umas das outras para levantar ideias, fazer escolhas, dividir etapas de um projeto e chegar aos objetivos. Entretanto, tudo isso é muito complicado se os colaboradores não se dão bem e não conseguem trabalhar juntos.
Ter espírito de equipe é saber lidar com as diferenças para poder atingir um objetivo maior. Porém, isso nem sempre é fácil. As pessoas são muito diversas, têm opiniões diferentes, visões de mundo diferentes, ego, ambições e muitas características que frequentemente se chocam. Porém, quando o colaborador tem um forte espírito de equipe, ele consegue transitar por entre essas diferenças de forma mais suave para chegar aonde é preciso.
É claro que alguém que nunca trabalhou o espírito de equipe durante a infância e adolescência terá muito mais dificuldade de fazê-lo na vida adulta. Por isso, é importante que as escolas estimulem essa habilidade nos alunos. Eles devem aprender a ouvir e a respeitar as opiniões dos outros mesmo que sejam diferentes da deles; a focar mais no objetivo da equipe do que nos objetivos individuais; e a buscar o equilíbrio quando as opiniões forem divergentes. Chegar nesse ponto, é claro, não é algo fácil e nem rápido, é um processo de longo prazo.
Como a inovação digital pode contribuir
A tecnologia pode contribuir muito para os trabalhos em equipe ou mesmo para a aprendizagem colaborativa no dia a dia. Afinal, nem tudo acontece somente dentro da sala de aula. Para trabalhos, muitas vezes, os estudantes precisam se reunir fora do horário de aula. Da mesma forma, quando há dúvidas sobre alguma tarefa escolar, os alunos podem ajudar uns aos outros, mesmo que não estejam na escola.
Uma inovação digital muito usada para finalidades assim é o ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Por lá os estudantes conseguem debater ideias e tirar dúvidas dentro de fóruns de discussão e grupos; trocar materiais; realizar reuniões online entre eles etc. O AVA também pode ser usado para trabalhos colaborativos entre estudantes de países diferentes, o que ajuda ainda mais a trabalhar o espírito de equipe, pois as diferenças são maiores.
7 – Honestidade
Honestidade, diferentemente dos outros valores da lista, não é uma habilidade, é um elemento do caráter moral. Uma pessoa honesta é alguém verdadeiro, que não faz trapaças, não mente e não engana. Essa é uma qualidade não apenas importante na esfera profissional, mas na vida como um todo.
A formação do caráter começa na primeira infância, e é ali que a honestidade precisa começar a ser trabalhada. É claro que esse não é um papel somente da instituição, mas como é nela que o pequeno passa boa parte do tempo, ela também não pode se eximir dessa responsabilidade. Pais e escola precisam ser parceiros nessa questão.
O primeiro ponto para trabalhar a honestidade com as crianças é a auto-observação. Até os sete anos, o cérebro da criança é uma esponja, e ela imita facilmente o que vê ao seu redor. Se ela observar adultos contando pequenas mentiras no dia a dia, a mentira pode se normalizar para ela. Há muitos outros aspectos importantes para se trabalhar com a honestidade, e é essencial que essas práticas já comecem nas escolinhas.
Como a inovação digital pode contribuir
Para trabalhar com o valor honestidade, é imprescindível que haja a cooperação dos pais. Então, a comunicação entre a escola e eles precisa ser muito eficiente, prática e, ao mesmo tempo, permitir que a instituição consiga manter todo esse fluxo de interações organizado. É aí que a tecnologia entra. Não há recurso que dê melhores resultados para a comunicação escolar do que a agenda digital.
A agenda digital possibilita que a escola envie todas as orientações necessárias aos pais, bem como informações sobre qualquer situação ocorrida em sala de aula, e tudo com muita agilidade. Pela ferramenta também é possível encaminhar links de artigos sobre o tema, livros em pdf e vídeos. Os pais também conseguem tirar as dúvidas deles pelo mesmo canal. Saiba mais sobre a agenda digital por aqui.
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Temos um ambiente virtual de aprendizagem bem robusto. Ele permite: transmissões ao vivo, envio de materiais em diversos formatos com armazenamento em nuvem, interações por fóruns de discussão e grupos moderados e muito mais! Confira todas as possibilidades neste infográfico.
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