A sala de aula – de forma geral – pouco mudou ao longo do tempo. Acontece que o mundo ao redor dela mudou, e com isso, o perfil das gerações de alunos mudou também. Esse cenário tem sido um enorme desafio para os professores, que muitas vezes não sabem o que fazer para tornar as suas aulas mais interessantes para estudantes da Geração Z, e assim, engajá-los com os conteúdos. Se você está nesse “barco”, este artigo é para você!
O que é Geração Z?
A Geração Z compreende as pessoas nascidas entre 1995 e 2010. Ao contrário da geração anterior, essa já nasceu durante o “boom” da tecnologia. São pessoas que nunca conheceram o mundo analógico que tínhamos antes, e por isso mesmo, são chamadas de nativas digitais.
Quais as características da Geração Z?
Se o que você quer é engajar os alunos da Geração Z com os conteúdos escolares, primeiramente é preciso entender as características deles, concorda? Só vendo o mundo por seu prisma é que será possível entender como funcionam, né? Então, confira algumas características dessa geração:
Conectividade e conhecimento tecnológico
A Geração Z é aquela que está conectada 24h. Para eles, nem faz sentido expressões como “se conectar” ou “entrar na internet”. Eles já estão com a internet no bolso, e o tempo todo. O celular é praticamente uma extensão do corpo.
Como nunca tiveram que se adaptar à tecnologia – pois já a conhecem desde o berço – a dominam com facilidade. Mesmo quando surge um novo recurso, não sentem dificuldade em aprendê-lo. Afinal, foram expostos ao digital desde a primeira infância, quando a arquitetura cerebral é construída. Se desenvolveram nesse meio. Então, a facilidade que a Geração Z tem com o digital é incomparável com a de gerações anteriores.
Instantaneidade e ansiedade
Pense em uma geração ansiosa e que quer tudo na hora. Sim, essa é a Geração Z. Como a tecnologia, de uma forma geral, tornou as rotinas mais práticas, ágeis e eliminou boa parte do tempo gasto com as mais diversas atividades do dia a dia, eles estão acostumados a ter tudo na hora, sem espera e sem demora.
As gerações anteriores não cresceram nessa realidade. A X pegou o tempo da carta, e a Y, o da popularização da telefonia fixa e do surgimento do celular no país. Lembrando, é claro, que o celular não era smartphone e nem algo tão acessível. Esse é um mundo que a Geração Z não conhece.
Os jovens da Gen-Z estão acostumados com instantaneidade, seja na comunicação ou em qualquer outra coisa de que necessitem. Eles aprenderam a ter o mundo na palma das mãos, via apps. Quando precisam esperar por qualquer coisa, bate a ansiedade. Parece não haver espaço para a espera dentro da realidade deles.
Gosto pela mudança
Em geral, as pessoas têm medo de mudança. Porém, não a Geração Z! Inquietos, os Gen-Z carregam dentro de si a vontade de mudar. Eles não têm medo de encerrar e começar novos ciclos, seja na vida pessoal, estudantil ou profissional. Há neles uma enorme flexibilidade e abertura ao novo.
Consciência social e ambiental
Os jovens da Geração Z querem mudar o mundo. Questões sociais – como desigualdade econômica, racial e de gênero – são temas com os quais eles se preocupam e se engajam para mudar. Em geral, são uma geração bastante tolerante às diferenças.
Temas ambientais também estão no centro de seu interesse. Eles se preocupam com questões climáticas e desenvolvimento sustentável mais do que as gerações anteriores. Acreditam que têm o poder de fazer a diferença.
Tendência a fazer várias coisas ao mesmo tempo
Os jovens da Geração Z são “acelerados” e frequentemente fazem várias coisas ao mesmo tempo. É normal que estudem escutando música ou assistindo televisão, por exemplo, ou que conversem enquanto executam uma outra atividade. A lógica deles não é uma coisa de cada vez.
Como engajar a Geração Z em sala de aula?
Agora que você já conhece a Geração Z um pouquinho melhor, é a hora de conferir táticas para engajar esses alunos com os conteúdos de sala de aula! Veja só algumas das possibilidades:
Aluno no centro da aprendizagem
Os estudantes da Geração Z querem ter vez e voz. Eles já chegam na sala de aula com muita informação, pois diferentemente das outras gerações, eles já possuem um mundo de conhecimento ao alcance de seus dedos.
As aulas expositivas definitivamente não os atraem. Eles não querem ficar ouvindo parados a algo que poderiam descobrir em uma simples pesquisa na internet. O que desperta o seu interesse é a troca. Eles querem debater ideias, contribuir com o assunto, esmiuçar informações coletivamente, fazer e provocar reflexões.
Não é à toa que hoje o conceito de protagonismo do aluno ganha cada vez mais força, e já está inclusive contemplado na BNCC, que é uma referência nacional obrigatória. Isso prova que chegou-se ao entendimento de que o papel do aluno em sala de aula mudou, e que colocá-lo no centro da aprendizagem é o caminho necessário.
Aprendizagem ativa
A aprendizagem “mão na massa” cai como uma luva para alunos da Geração Z. Nesse sentido, há uma gama de possibilidades que a escola pode explorar, como por exemplo:
- Espaços maker
- Design thinking
- Aulas de robótica
- Aprendizagem Baseada em Projetos
- Aprendizagem Baseada em Problemas
- STEAM
- Aprendizagem entre Pares
- Sala de Aula Invertida
- Rotação por Estações
- Gamificação
Há diversas atividades práticas e metodologias ativas que funcionam muito bem com alunos da Geração Z. Inclusive, muitas escolas já perceberam isso e estão aplicando-as. Então, se o que você quer é engajar os seus alunos, não deixe de estudar esses formatos e testá-los!
Tecnologia em sala de aula
Não te parece lógico que os nativos digitais gostem de tecnologia? Eles mal conseguem aguentar o passar das horas sem contato com recursos digitais. Então, se o intuito é fisgar o interesse deles, você não acha que faz sentido colocar a tecnologia dentro da sala de aula?
Há muitas ferramentas digitais que podem agregar aos conteúdos. Imagine, por exemplo, uma aula sobre o sistema solar na qual os alunos possam usar óculos de realidade virtual aumentada para ver os planetas de forma realista, em vez de apenas olhar para fotos. É ou não é mais interessante?
É possível também usar a tecnologia para criar projetos colaborativos com estudantes de escolas de outros estados ou países. Os alunos também podem escrever artigos, publicá-los em blogs online e receber feedbacks externos nos comentários.
Outra ideia é a produção de um curta-metragens pelos alunos com foco em um assunto determinado. O celular pode ser usado para filmar e editar os vídeos. Também dá para usar a tecnologia para promover tours virtuais. Com eles, os estudantes podem conhecer galerias de arte, museus e locais históricos.
Há tantas e tantas possibilidades que daria para ficar o dia inteiro listando-as. A própria ideia do tópico anterior, da aprendizagem ativa, pode ser aplicada em conjunto com a tecnologia. Apenas dê o primeiro passo e comece a explorar as alternativas que estão por aí!
Novas maneiras de avaliar
As provas tradicionais, com respostas de múltipla escolha e avaliação da capacidade de memorização do aluno em vez da capacidade de racionalização, não são “a cara” da Geração Z. Inquietos, ansiosos e cercados por um mundo de possibilidades ao alcance dos dedos, parece estranha a eles a ideia de parar para focar a atenção na decoração de conteúdos.
Por isso, a dica é: busque incluir gradualmente novas maneiras de avaliar os conhecimentos dos alunos. Elas podem consistir em avaliações com respostas abertas, redações, trabalhos em grupo, projetos, protótipos, maquetes etc. Tente pensar fora da caixa e encontrar formas de avaliar o estudante pelo que ele sabe, e não pelo que tem a capacidade de decorar.
Como a ClipEscola pode ajudar?
A ClipEscola é a mais completa Plataforma de Transformação Digital para o segmento escolar. A nossa solução contempla um completo Ambiente Virtual de Aprendizagem que pode ser usado como ferramenta na aplicação de diversas metodologias ativas, como por exemplo Sala de Aula Invertida e Rotação por Estações.
Pelo nosso AVA, que fica em um menu chamado Sala de Aula, os professores conseguem disponibilizar materiais aos alunos de forma categorizada por disciplina, criar atividades com acompanhamento do status de entrega e aplicar avaliações com perguntas abertas e/ou fechadas. Os professores também podem tirar dúvidas dos alunos pela Agenda de Recados.
Além disso, a escola também pode fomentar a aprendizagem colaborativa habilitando grupos de mensagens instantâneas só entre alunos. Neles, os estudantes podem trocar ideias e interagir. Tudo isso não foge ao controle da instituição, que tem o poder de monitorar e moderar conversas, mesmo sem ter nenhum colaborador como participante dos grupos.
Quer saber mais sobre como a nossa solução pode colaborar para engajar a Geração Z em sala de aula? Então solicite o nosso contato por aqui!
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