Ensinar é um desafio, não é verdade? E fazer isso com alunos da geração Alpha é algo que exige uma boa dose de imaginação. Afinal, ao contrário de nós, eles não nasceram em um mundo dominado pelo analógico que depois se voltou para o digital. A tecnologia sempre foi a única realidade que experimentaram. O universo que conhecem desde pequenos é muito maior do que o nosso era, pois não tem limites físicos, e vai mais longe do que a vista alcança.
Como agregar conhecimento a esses seres sempre tão informados? Como passar dentro da escola informações que eles mesmos não conseguiriam obter sozinhos em uma simples pesquisa na internet? Fique tranquilo que isso é possível, e o primeiro passo é deixar de ver a tecnologia como vilã e torná-la aliada nesse processo. No post de hoje vamos te dar alguns insights! Você está preparado? Então vamos lá!
Use realidade virtual para aumentar o rendimento dos alunos
Você tem alguma dúvida de que utilizar óculos de realidade virtual irá cativar o interesse dos alunos? Porque eu não tenho. Imagine só uma aula de história na qual o estudante consegue visitar virtualmente os locais que foram palco de acontecimentos históricos; uma aula de educação artística aonde o aluno vai a museus do outro lado do Atlântico; uma aula de ciências na qual a criança ou adolescente consegue passear pelo sistema solar ao mesmo tempo em que recebe informações sobre ele; e por aí vai.
Aposto que a sua turma ficará extasiada com a possibilidade de aprender de forma imersiva, não apenas ouvindo as informações e lendo sobre elas na apostila, mas “estando virtualmente” no cenário no qual elas estão, captando com os próprios olhos o conhecimento.
Tá bem, já sei o que você está pensando: “são óculos caros e o custo de ter um por aluno é muito alto”. Olha que você pode se surpreender. Há opções mais simples a partir de R$10. Se ainda assim o custo total ficar alto, há outras alternativas.
Uma forma de reduzir as despesas é comprando óculos apenas para a quantidade de alunos de uma turma, pois eles podem ser usados pelas outras em dias diferentes. Caso ainda assim o valor fique salgado, é possível também adquirir uma quantidade pequena de óculos e intercalá-los entre os estudantes, ou até verificar a possibilidade de os pais realizarem a compra.
É um investimento que ajuda a agregar conhecimento aos estudantes, pois dá a eles experiências que vão além das que uma pesquisa na internet proporciona e mais profundas do que uma aula tradicional oferece. O conhecimento é absorvido pelo aluno de maneira lúdica, por “vivência virtual”, estimulando a criação de emoções que serão trabalhadas pelo sistema límbico. Essa área, localizada no centro do cérebro, é de grande importância para a memória. Então usando esse recurso, você consegue transformar informações em memória emocional. Show hein? Vai dizer que não é uma grande sacada?
Gamifique
Entre as estratégias para aumentar o rendimento dos alunos em sala, eu não poderia deixar de falar da gamificação. Trata-se do emprego de uma dinâmica de jogos para a execução de atividades. Com a técnica, os estudantes da turma podem ser divididos em grupos e estimulados a pensar de forma conjunta em maneiras de resolver problema.
Há muitos jogos educativos online que podem ser usados para esse objetivo. Procure por um que esteja alinhado com o conteúdo didático que você quer ensinar. Dessa maneira, os alunos poderão aprendê-lo por canais multissensoriais, já que jogos podem conter vídeo, áudio e texto. Isso ativará múltiplas redes neurais e favorecerá que as informações sejam retidas. Além de tudo, a estratégia estimulará a troca de conhecimentos entre os estudantes, algo que tem sido visto como bastante relevância pelos novos modelos de ensino do século XXI.
Promova um intercâmbio virtual
Nos colégios é muito comum que os estudantes alimentem a ideia de fazer intercâmbio, para que aprendam um outro idioma e tenham contato com outra cultura, aumentando assim seus conhecimentos e visão de mundo.
Acontece que em tempos interconectados como os de hoje, já é possível experimentar essa vivência mesmo sem sair do Brasil. Videoconferências, que podem ser feitas por Skype ou outras ferramentas gratuitas, são capazes de encurtar distâncias, colocar estudantes de países diferentes em contato uns com os outros e até facilitar o desenvolvimento de tarefas conjuntas.
A escola pode tomar a iniciativa de entrar em contato com docentes de instituições do exterior e fazer a proposta. Há escolas brasileiras que já o fizeram. Não é algo complicado, e os resultados com certeza compensam e favorecem aprendizado. Nas disciplinas de idiomas, como inglês e espanhol, por exemplo, o aluno tem a oportunidade de usar na prática o que está aprendendo na teoria, acelerando assim a fixação do conteúdo e melhorando o rendimento dos alunos.
O contato com outra cultura também permite que ele amplie horizontes, compreenda as diferenças culturais que existem e desenvolva habilidades sociais. Esse tipo de aprendizado vai de encontro a um dos quatro pilares da educação, o “Aprender a viver juntos”, que tem como foco o aprendizado da não-violência e começa pela descoberta do outro e de objetivos em comum.
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