Professores ensinam, alunos aprendem, pais acompanham… mas quem mantém tudo funcionando? Quem garante que a escola terá os materiais adequados, que os horários de aula não vão chocar, que as contas serão pagas no prazo? São os diretores, coordenadores, secretárias, enfim, o “pessoal da administração”. Neste post, iremos nos referir a eles todos pelo termo “gestor educacional”, pois o ponto em comum desses diferentes perfis é o compromisso com a gestão e o sucesso da instituição de ensino.
O papel do gestor educacional, independentemente de nível hierárquico, é dirigir o esforço coletivo dos diferentes atores do processo educacional – professores, alunos, pais, demais funcionários, entre outros – para o atingimento das metas operacionais e pedagógicas. É claro que há mais de uma maneira de alcançar essas metas e um dos aspectos que vai influenciar na hora da decisão é a geração à qual o gestor pertence. Confira!
Geração X
Esses profissionais estão no ponto mais alto de suas carreiras, com trajetórias sólidas e uma larga experiência acumulada. Eles possuem muitas respostas para a maioria dos problemas institucionais que surgem no dia a dia, pois já se depararam com desafios semelhantes anteriormente e hoje já os superaram com maestria. Talvez a questão que mais desconcerte esses especialistas seja justamente como lidar com as gerações posteriores.
Enquanto no tratamento com alunos as posições hierárquicas são claras, mesmo com os modelos educacionais mais liberais que vêm ganhando protagonismo nas últimas décadas, ao lidar com jovens no ambiente operacional o excesso de irreverência pode ser confundido com falta de seriedade, gerando mal-entendidos.
Há duas vias principais para a valorização e potencialização da ação desses profissionais: a documentação e a comunicação. Quando falamos de documentação nesse caso, estamos nos referindo aos processos de gestão do conhecimento, ou seja, o estabelecimento de meios eficientes de não perder todo o valioso know-how construído por esses gestores no momento em que eles decidam se aposentar.
A comunicação então acaba funcionando como uma forma de retroalimentar a base de saberes de nível sênior com questões trazidas pelas últimas tendências, propostas de experimentos, aplicações de novas tecnologias e assim por diante.
Com um exemplo prático fica mais fácil de visualizar: imagine que o gestor da geração X possui uma super agenda com milhares de contatos valiosíssimos, referentes a todo tipo de stakeholder: egressos influentes, investidores, formadores de opinião, fornecedores etc. A maneira de fazer com que essas informações imprescindíveis gerem resultados para a organização do presente é digitalizá-las, aproveitando as habilidades das gerações mais recentes com tecnologias e ferramentas.
No entanto, é necessário estabelecer um canal de comunicação muito direto e claro, com total atenção ao aprendizado de questões como o sigilo, protocolos, formalidades e todos esses outros aspectos que apenas uma vida de interações oportunas consegue demonstrar.
Geração Y
Eles eram o futuro: agora são o presente. Eles têm dificuldades de lidar com chefes, mas anseiam por líderes e suas linhas do tempo nas redes sociais estão cheias de frases de Steve Jobs, Peter Drucker e Deepak Chopra. Eles podem não conseguir parar tempo suficiente para ler um livro de capa a capa, mas dão um jeito de assistir e reassistir suas TED Talks favoritas.
Em suma: eles estão cheios de ideias e sabem angariar apoiadores online, mas nem sempre conquistam a mesma compreensão e parceria nas relações pessoais. A abundância de dados e facilidade de consulta faz com que eles não deem a mesma importância às anotações e ao ouvir atento, o que pode ser interpretado como desinteresse ou mesmo falta de consideração. Mas no final do dia, eles querem o mesmo que todo mundo – satisfação, realização, reconhecimento, sucesso – apenas enxergam o caminho à frente como sendo mais sinuoso e descontínuo.
Eles querem pôr em prática o que aprenderam no MBA e não aceitam “sempre foi feito assim” como justificativa. Canalizar a energia pode ser uma barreira inicial e é aí que a contribuição das outras gerações se torna tão valiosa: as experiências apreendidas podem fornecer o direcionamento necessário, sem o qual esforços podem ser perdidos e gerar frustrações. O diálogo é o melhor instrumento para lapidar esse diamante.
Geração Z
Eis o enigma: 100% nativos digitais, quase 100% urbanos, com poucos irmãos ou nenhum. O que isso significa ao ser transposto para o ambiente de trabalho, especialmente o de uma escola? Falamos em um post recente das tendências na educação que devem definir os novos professores e com certeza esses mesmos aspectos terão influência nas atividades dos gestores que atuam na educação.
De acordo com o Doutor em Comunicação Dado Schneider, os membros da Geração Z serão os chefes da Geração Y em pouco tempo. Sem nos aprofundarmos em polêmicas, a ideia é que o pessoal nascido depois de 1995 tem uma desenvoltura com grandes volumes de dados que lhe permite fundamentar com maestria seus argumentos.
Como bem coloca o artigo da empresa de RH virtual Catho, “conectados com o mundo digital, os jovens que nasceram nos anos 90 chegam ao mercado de trabalho esperando por um mundo semelhante ao seu, conectado, aberto ao diálogo, veloz e global”. Estarão as escolas prontas para atender a essa demanda? De nossa parte, estamos à disposição para a ajudá-lo na comunicação, conte conosco!
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