Tão importante quanto ter um bom canal de comunicação é saber como se comunicar corretamente. Afinal, se a mensagem transmitida não está alinhada com o discurso da instituição de ensino, a credibilidade fica em xeque. Mas para que os seus colaboradores possam interagir com o público acertadamente, eles precisarão de um norte. O ideal é que a escola dissemine boas práticas para comunicação escolar.
Elencamos no post de hoje algumas delas. Confira:
Alinhamento do discurso
Primeiro, é preciso que a instituição de ensino documente os valores, a missão, a visão, a filosofia e a cultura que tem. Esses pontos guiarão todo o discurso, e a comunicação deverá estar alinhada com ele.
É importante que esses aspectos também sejam bem assimilados pelos colaboradores e vivenciados no dia a dia, pois se internamente eles não forem observados, a comunicação com o público, em algum momento, acabará refletindo isso.
Canais de comunicação
É essencial que a instituição de ensino defina por qual meio a comunicação com os pais dos alunos deverá ser feita, e que oriente os funcionários a só utilizarem o canal que for estabelecido, para que as interações não sigam um fluxo desregrado e perigoso.
Redes sociais ou aplicativos informais, como o WhatsApp, por exemplo, não são caminhos muito adequados. Se por um lado, não passam ao pai o profissionalismo da escola, por outro, impedem que o professor possa se desvincular do trabalho nos momentos de descanso, já que os pais dos alunos o procurarão por lá fora do horário.
Além disso, esses meios informais impedem que a instituição de ensino fique a par das interações que estão ocorrendo. Dessa forma, conversas não cordiais podem acontecer, e é a imagem da escola que sairá prejudicada.
Uma boa prática é a escolha de um canal oficial que represente a instituição de ensino, pelo qual toda a comunicação ocorrerá. Após essa definição, é importante que os professores sejam orientados para que não realizem o contato com os pais por canais não autorizados pela escola. Assim, a comunicação com os responsáveis será mais profissional, o que passará credibilidade, e brechas para situações problemáticas serão evitadas.
Politicamente correto
Na comunicação, existe uma distância muito grande entre o que é dito e o que é entendido. Esses ruídos geram desgaste entre as partes envolvidas, então é preciso o máximo de cuidado para que não ocorram. Uma das boas práticas para comunicação escolar é a orientação da equipe docente para que preze pelo “politicamente correto” durante as conversações.
Comentários ou piadas que possam trazer conotações de racismo, homofobia, bullying, intolerância religiosa, machismo, ou qualquer tipo de preconceito, radicalismo ou desrespeito, não devem ocorrer. Afinal, quando um professor fala com um pai de aluno, ele está representando a escola, e o que disser ficará vinculado à imagem da instituição.
Se esse tipo de comentário partir de um pai de aluno, é importante que ele não encontre eco em nenhum dos membros do corpo docente, pois concordar com posições consideradas moralmente incorretas fere a credibilidade da escola. Inclusive, é interessante que a ferramenta pela qual a comunicação escolar é feita permita a moderação das conversas, para que comentários assim possam ser apagados antes que gerem uma grande repercussão e desavenças.
E além de tudo, é muito comum que conversações assim sejam printadas e espalhadas por redes sociais. Isso causaria um prejuízo de imagem irreparável para a instituição. Então é importante haver essa moderação e também a conscientização dos colaboradores. Eles devem entender que tudo o que falam com alunos, pais e responsáveis, estão falando em nome da escola, e precisam ter responsabilidade.
Política de horários para retornos
Um outro ponto importante das interações é a questão do retorno aos questionamentos dos pais e responsáveis. É fundamental que eles não fiquem sem resposta, e nem que aguardem durante dias.
É claro que as horas livres do professor também não devem ser sacrificadas para dar essa resposta. Esse tempo precisa caber na carga horária do profissional. Uma boa prática é a criação de uma política de horários para retorno aos pais. Para que funcione, tanto o corpo docente quanto os responsáveis pelos alunos devem estar cientes dessas regras.
Por exemplo, a política pode determinar que se um pai entrar em contato com o professor após determinado horário, ele só receberá a resposta no dia seguinte, pois naquele momento o educador já está no período de descanso. É importante, porém, que o retorno não passe do dia seguinte, a menos que o contato tenha sido feito em uma sexta-feira. Nesse caso, a resposta ficaria para segunda-feira.
A forma mais fácil de fazer essa política funcionar é por meio de um canal de comunicação que limite os horários automaticamente, enviando mensagem aos pais que realizarem o contato fora do período devido. Essa mensagem os informaria que o professor já está fora do horário de trabalho e que o retorno ocorrerá no dia seguinte. Conheça aqui uma ferramenta que te permite isso.
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