Toda atividade profissional que envolve a educação é importante, especial e delicada. Os interesses dos educandos se sobrepõem às questões corporativas, e os laços criados entre equipes, alunos e responsáveis costumam ser mais fortes e profundos do que em outros setores empresariais.
Ainda que as práticas pedagógicas sejam a prioridade sempre, aspectos administrativos podem influenciar e muito nos resultados obtidos, para bem e para mal. Por isso, hoje iniciamos uma nova série, na qual discutimos as maneiras pelas quais os fatores de gestão podem fazer toda a diferença na vida dos estudantes e dos tutores, ajudando os educadores a cumprirem sua missão.
Decidimos começar pela gestão de recursos humanos porque eles são considerados por muitos estudiosos o ativo de maior valor dentro de uma organização. Esse cenário fica imediatamente claro ao tentarmos imaginar uma escola sem professores, mas ele também se estende à impossibilidade de fazer com que as coisas funcionem sem uma boa secretaria, orientadores e coordenadores pedagógicos e mesmo a equipe que zela pela manutenção do ambiente e preparo de alimentos.
Com nossas dicas, você pode repensar como os processos de desenvolvimento humano estão sendo conduzidos em sua escola e o que você pode fazer para criar um clima de motivação, satisfação e engajamento.
Horários bem definidos
Todos sabemos que o trabalho do professor se estende muito além do tempo que ele passa em sala de aula. São provas para corrigir, pareceres para elaborar, materiais didáticos para avaliar, pais para atender, recados para enviar e assim por diante. Nisso, o descanso de qualidade pode acabar sendo negligenciado.
A médio prazo, isso já começa a aparecer, refletido em um nível de stress geral maior e na necessidade de licenças médicas. Já que prevenir é melhor do que remediar, utilize um aplicativo que estabeleça um horário limite para a leitura de recados dos pais e programe os eventos com antecedência, evitando trabalho extra imprevisto.
Avaliações sem tensão
A avaliação da qual falamos aqui é com o sentido de feedback, ou seja, aquela que aponta o que pode ser melhorado, o que deve ser valorizado, que caminhos seguir etc. Toda organização precisa disso, e grandes instituições de ensino, como as PUCs e as Universidades Federais, já possuem processos bem estruturados para captar esses dados.
Mas para quem está dando os primeiros passos nessa metodologia, um bom começo é criar enquetes simples, focando em questões pontuais, como o atendimento na secretaria na hora da matrícula, a estrutura física da escola, a condução das reuniões e tudo o mais que pode ser aprimorado a partir de contribuições sinceras.
Um único canal de comunicação para todos
Hoje em dia todo mundo se comunica pelo WhatsApp, mas será que é interessante misturar questões pedagógicas com conversas pessoais? E em uma escola com uma equipe grande, faz sentido divulgar os números de celular pessoais de todos com todos, até de quem não se conhece?
A alternativa é usar um app que permita a comunicação pelo smartphone, mas sem revelar os números, e que seja de uso exclusivo da escola, sem confusão entre lazer e trabalho. Se der para criar grupos específicos por áreas – pedagógico, financeiro, anos iniciais, etc. – melhor ainda!
Processos seletivos
As escolas públicas já contam com o aparato do governo para suas contratações, com concursos públicos para efetivos e processos seletivos para temporários. As particulares, por sua vez, precisam definir quais são os critérios e táticas mais adequadas para a formação do corpo docente e administrativo ideais para suas propostas. Anunciar as vagas em plataformas digitais é uma boa forma de chegar até um profissional atualizado e conectado.
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