Cultura Digital: tudo o que você precisa saber sobre a 5ª competência da BNCC

Cultura Digital

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Sumário

Cultura digital. Quando essa competência surgiu no texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mal imaginávamos que, logo no início de sua entrada em vigor, a educação sofreria com o impacto de uma pandemia, e precisaria de recursos digitais, não apenas como elementos do ensino, mas como o próprio sustentáculo.

 

Escolas e professores tiveram que se adaptar às pressas – e muitas vezes, na base do improviso – para que a educação não precisasse esperar a pandemia passar. O futuro mostraria que a decisão foi acertada, visto que as escolas – em um contexto geral – ficaram fechadas por um ano, e a reabertura ainda acontece com muitas restrições.

 

O aprendizado durante o período de EaD com certeza acelerou a prática da cultura digital nas escolas, pois professores adquiriram conhecimentos tecnológicos; usaram tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs) no ensino; e abriram mais espaço do que nunca para o protagonismo e o aprendizado ativo dos alunos – que passaram a usar o meio digital não só como canal de comunicação, mas também como um meio para a criação. Agora é preciso continuar avançando, e dessa vez de forma planejada!

 

Vamos então entender melhor o que é a quinta competência da BNCC e o que é esperado das escolas? Venha comigo!

 

O que a BNCC diz sobre cultura digital?

 

A redação da quinta competência da BNCC diz exatamente o seguinte: “Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”.

 

O texto também frisa a importância do letramento digital dos alunos. Letramento digital diz respeito ao domínio de leitura e produção textual para os meios virtuais. Nesse conceito, é preciso ter habilidades para filtrar a informação disponibilizada de forma crítica e ter familiaridade com as formas de interação e as normas comunicacionais dos meios digitais.

 

O documento destaca ainda que ao alterarmos o fluxo de comunicação “de um para muitos” (o que acontece na TV, rádio e jornal) para o de “muitos para muitos” (o que é possível com as TDICs)  todos podem ser produtores em potencial. Isso significa que as pessoas não precisam apenas ler, compartilhar e comentar em publicações, mas podem também produzi-las. Esse protagonismo e potencial autoral deve começar a ser desenvolvido nas escolas.

 

É nesse quesito que a parte ética citada pela BNCC ganha destaque. Vivemos em uma época em que é muito fácil produzir e disseminar fakenews, praticar cyberbullying e discursos de ódio de uma forma geral. Esses aspectos devem ser considerados. Além da capacidade de produção para o meio digital, os alunos devem ser capazes de adquirir habilidades e critérios de curadoria e de apreciação ética e estética, conforme ressalta o documento.

 


Como é possível inserir a cultura digital em diferentes disciplinas?

 

A cultura digital está no entendimento das TDICs, no uso delas como canal para comunicar e também na produção dentro do próprio meio. Essa competência deve permear as disciplinas, e isso pode ser feito de várias formas. Veja alguns exemplos:

 

  • Aula de Artes – A tecnologia é um elemento recorrente na arte contemporânea. Os alunos podem estudar sobre isso e produzir criações usando a própria tecnologia como recurso artístico.
  •  Aula de Português – Os alunos podem estudar o vocabulário digital. Há vários termos e expressões que são próprios desse meio, e é essencial que os estudantes sejam capazes de dominá-los.
  • Aula de Inglês – No mundo digital há muitas palavras que são usadas em inglês até mesmo por brasileiros. Há inclusive vários programas de edição de imagens e vídeos que muitas vezes são instalados na versão em inglês. Como dá para perceber, há um grande repertório de palavras ligadas ao meio digital que pode ser trabalhado na disciplina de inglês!
  • Aula de História – Na aula de história é possível trabalhar a Terceira Revolução Industrial, que deu origem à era da informação ou era digital, e a Quarta Revolução Industrial, que trouxe conceitos como Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial, aprendizagem de máquinas (machine learning), robôs, entre outros.
  •  Aula de Matemática – A matemática pode ajudar no entendimento de como funciona o pensamento computacional, a lógica de programação e os algoritmos.
  • Aula de Informática – Disciplina perfeita para os alunos aprenderem a programar de forma prática, colocando a mão na massa.
  • Aula de Filosofia – A ética e o pensamento crítico no uso da tecnologia podem ser temas trabalhados na aula de filosofia. Esses pontos, aliás, são de suma importância para a competência de cultura digital.

 

Você viu aqui alguns exemplos de como trabalhar a quinta competência da BNCC em disciplinas diferentes. Há muito mais que pode ser feito. Use a criatividade!

 


O que é necessário para inserir a cultura digital dentro da escola?

 

Pronto para adequar a sua escola à quinta competência da BNCC? Vamos ver o que é necessário:

 

Reformular proposta pedagógica

 

Você viu que é possível trabalhar com as tecnologias digitais de informação e comunicação de várias maneiras dentro das disciplinas, não é mesmo? É importante que isso esteja no projeto político-pedagógico (PPP) da escola, pois o documento é um guia de ações a serem seguidas ao longo do ano letivo.

 

É essencial também que a cultura digital não fique apenas registrada no documento, ela precisa ser posta em prática no dia a dia para que a escola, de fato, esteja aderente a essa exigência da BNCC. Por isso, faz-se necessário que os gestores educacionais observem e cobrem essa aplicação.

 

Treinar os professores

 

O professor é uma peça-chave na implementação da cultura digital na escola. Ele mediará o aprendizado, então é importante que tenha conhecimento o suficiente para navegar por esse universo e abrir os caminhos para os estudantes.

 

Para que ele esteja apto a isso, é essencial que a escola forneça treinamentos, promova trocas de experiências ricas entre os docentes no quesito tecnológico, indique webinars, livros e caminhos para o aperfeiçoamento profissional. É importante ressaltar que esse aprimoramento precisa ser algo constante, pois as coisas mudam muito depressa, em especial quando estamos falando de tecnologia. Então, é preciso dizer adeus ao comodismo!

 

Investir em tecnologias educacionais

 

Se estamos falando em cultura digital dentro da escola, faz sentido falarmos no investimento em tecnologias, não acha? É importante que o uso de computadores ou tablets, bem como de um ambiente virtual de aprendizagem, seja algo rotineiro. Não basta ouvir sobre tecnologia, falar sobre tecnologia, apresentar trabalhos usando tecnologia em determinados momentos do semestre, é preciso também “mexer” em tecnologia no dia a dia.

 

Não estou falando do uso recreativo, que é o que os estudantes fazem diariamente nos momentos livres. O universo digital apresenta uma infinidade de facetas, e o contato recreativo não consegue acessar todos os níveis de profundidade dele. Para isso, o estudante também precisa usar a tecnologia com outras finalidades, como as pedagógicas, por exemplo.

 

O momento atual de EaD e ensino híbrido está sendo uma ótima oportunidade para isso. As entregas que antes os alunos executavam de forma física – como atividades, trabalhos, provas, apresentações – agora estão acontecendo de forma virtual. Eles estão precisando aprender a usar plataformas digitais. É importante que isso não se perca mesmo após a pandemia, e que, pelo contrário, as escolas sigam evoluindo e profissionalizando cada vez mais suas tecnologias.

 

Como a ClipEscola pode te ajudar?

 

Você sabia que nós somos a Plataforma de Transformação Digital mais completa do segmento escolar? Nós temos funcionalidades para uma infinidade de necessidades escolares, mas como estamos conversando sobre ensino, vou te falar do nosso Ambiente Virtual de Aprendizagem. Olha só algumas das possibilidades que ele traz:

 

  • Transmissões ao vivo por salas de aula virtuais com interações por voz ou por chat e compartilhamento da tela do professor
  • Envio de aulas gravadas sem consumir memória do celular do aluno
  • Envio de materiais de forma categorizada por disciplina
  • Recebimento de trabalhos e controle automático de entrega
  • Provas online com opção de perguntas abertas ou fechadas
  • Comunicação com os alunos para tira-dúvidas
  • Grupos moderados só de alunos para a troca de experiências

 

Esses recursos podem ser muito úteis na implementação de uma cultura digital na educação. Além deles, nossa plataforma conta também com agenda digital, assistente de recebimentos e cobranças, assinatura digital de contratos, captação de alunos e muito mais. Espalhe a cultura digital para a escola inteira! Saiba mais por aqui.

 

Leia mais
–  BNCC: entenda o que muda para a sua escola
– Como a experiência atual ajuda no desenvolvimento de habilidades para o futuro


E aí, você já está pronto para encarar o desafio e promover a cultura digital na sua escola? Se precisar de ajuda,
é só pedir por aqui!

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