Distanciamento social. A medida está entre as poucas certezas do cenário ainda nebuloso de volta às aulas no Brasil. Municípios e estados farão as próprias regras para o retorno, mas tomando como base a experiência de outras escolas que já reabriram ao redor do mundo, o distanciamento social é o grande pilar de sustentação de um plano de volta às aulas mais seguro. Entenda tudo sobre o assunto no post de hoje!
O que é distanciamento social?
Distanciamento social é uma medida que visa o afastamento entre duas ou mais pessoas com o intuito de evitar a propagação de doenças. O termo tem sido muito empregado no momento atual de pandemia de Covid-19, pois a transmissão se dá por contato com secreções como gotículas de saliva, espirro, tosse e catarro.
A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde do Brasil é de que o distanciamento social mínimo seja de 1 metro. Muitos cientistas porém, recomendam a distância mínima de 2 metros. Diante da incerteza, o melhor é pecar pelo excesso. Outras medidas que podem ser adotadas de forma conjunta à medida do distanciamento social são: uso de máscaras; higienização das mãos com álcool em gel 70% ou com água e sabão e etiqueta respiratória.
Como viabilizar o distanciamento social na escola?
Em geral, as escolas que já retomaram as aulas em outros países estão adotando um distanciamento social entre 1,5 e 2 metros. É provável que as regras estaduais e municipais para o retorno no Brasil também sigam na mesma linha. Diante dessa informação, talvez você esteja fazendo cálculos matemáticos e tentando descobrir como é possível manter esse distanciamento dentro de uma sala de aula que, muitas vezes, chega a comportar turmas de 40 alunos.
A conclusão que você chegará ao final desses cálculos é de que a matemática não bate. E não para por aí. Além da impossibilidade de manter o distanciamento social em aula, há também a questão dos espaços comuns da escola. Como resolver uma equação que não bate de forma alguma?
Vamos ver caso a caso:
Distanciamento social em sala de aula
Se a sua escola possui turmas de 10, 15 alunos, talvez você consiga resolver facilmente a questão do distanciamento social em sala de aula, dependendo da metragem dos espaços. Mas se esse não é o seu caso, então a divisão da turma em grupos híbridos é a única opção viável para realizar esse distanciamento.
Funciona assim: a turma é dividida em dois ou três grupos, dependendo da quantidade de alunos. Esses grupos se alternam durante a semana em aulas presenciais e a distância. Dessa forma, a quantidade de estudantes dentro da sala de aula fica reduzida e o distanciamento social de 1,5 a 2 metros se torna possível.
Talvez uma nova preocupação que tenha surgido na sua mente ao ler o parágrafo acima seja: “mas como fica a carga horária do professor, que terá que dar aulas presenciais e a distância???”. Calma, a ideia das aulas híbridas não é de que o professor tenha que trabalhar em dobro. É possível realizar aulas presenciais e a distância simultaneamente, e para o mesmo número de alunos da turma!
Vou te ajudar a desenhar a imagem mental do cenário. O professor ministra a aula presencial para o grupo de alunos que está na escola, e em algum lugar da sala há um notebook ou celular transmitindo tudo ao grupo de alunos que está em casa. Captou? As aulas presenciais e a distância ocorrem dentro do mesmo espaço de tempo. Outra opção é filmar a aula presencial e posteriormente enviá-la a esse segundo grupo de alunos.
Distanciamento social em áreas comuns
Chegamos ao segundo ponto de atenção com relação ao distanciamento social na escola: as áreas comuns. Como viabilizar o distanciamento social em corredores, cantina, banheiros e demais espaços de uso coletivo da instituição?
A divisão das turmas em grupos híbridos já contribuirá bastante com essa tarefa, pois reduzirá muito a quantidade de alunos presentes na escola. Porém, não é o suficiente. Algumas outras medidas que já foram adotadas em outros países e que podem ajudar no distanciamento social em áreas comuns são:
- Fechamento da cantina (os alunos trazem a comida de casa e lancham dentro da sala de aula, local em que o distanciamento social já está demarcado);
- Uso de fitas no chão na cantina, demarcando o distanciamento social na fila entre um aluno e outro;
- Demarcação de bancos do refeitório que não podem ser utilizados, para manter o distanciamento social entre os alunos sentados;
- Intervalos em horários alternados;
- Uso dos sanitários pelos alunos em horários predeterminados, para evitar que muitos o utilizem ao mesmo tempo;
- Interdição do bebedouro (os alunos trazem a própria garrafa d’água de casa);
- Saída escalonada
O que mais é possível fazer
Além de tudo o que já foi citado, a escola também pode tomar algumas medidas extras para diminuir a quantidade de alunos nas dependências da instituição e para tranquilizar as famílias quanto à volta:
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Retorno voluntário
Mesmo quando a volta às aulas for liberada e a escola tomar todas as precauções, algumas famílias não irão querer que os filhos retornem. O ideal é que a instituição deixe essa volta como opcional às famílias. Isso irá tranquilizá-las, trazê-las para o lado da escola e evitará que tomem decisões extremas, como a retirada do filho da instituição para colocá-lo em outra mais flexível quanto a isso.
Para esses alunos, as aulas continuariam ocorrendo totalmente a distância. Eles assistiriam às transmissões feitas diretamente da sala de aula, assim como os estudantes dos grupos híbridos. A diferença é que para eles não haveria o revezamento entre escola e casa.
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Níveis de ensino em períodos diferentes
Outra prática que pode ser aplicada pela escola e que a ajudará a diminuir a quantidade de alunos circulando pela estrutura da instituição ao mesmo tempo é colocar uma parte dos níveis de ensino no período matutino e uma parte no vespertino. Caso a escola só trabalhe com ensino fundamental e médio, por exemplo, cada um deles teria um período só seu. Caso haja também o ensino infantil, ele teria que dividir um dos períodos junto com outro nível de ensino.
Como a tecnologia pode ajudar neste momento
Aulas
A tecnologia é um recurso vital para a manutenção do distanciamento social na escola. As aulas híbridas – que possibilitam que as turmas presenciais sejam reduzidas – são estruturadas em ferramentas digitais. Além das aulas em si, toda a parte de envio de materiais e aplicação de provas para os grupos de alunos remotos se faz por meio de recursos digitais.
Para que tudo fique bem organizado, o ideal é que cada disciplina possa ter uma categoria específica dentro da plataforma utilizada pela escola. Assim o professor poderá inclusive disponibilizar materiais complementares que poderão ser acessados facilmente pelos alunos.
Monitoramento da saúde do aluno
É possível também utilizar a tecnologia para monitorar a saúde dos estudantes. Basta criar formulários e enviá-los aos pais diariamente para que eles preencham informações como:
- Temperatura do aluno
- Tosse seca (Sim/Não)
- Coriza (Sim/Não)
- Dor de garganta (Sim/Não)
- Cansaço incomum (Sim/Não)
- Dificuldade para respirar ou falta de ar (Sim/Não)
- Dor ou pressão no peito (Sim/Não)
- Perda de fala ou movimento (Sim/Não)
A escola receberá as informações imediatamente, e com base nelas poderá dizer aos pais se o estudante deve ou não ir à escola. Poderá também instruí-los a procurar atendimento médico, caso o formulário aponte que o aluno tem sintomas do Coronavírus.
Distanciamento social na hora da saída
A tecnologia também viabiliza o distanciamento social na hora da saída. Há recursos que permitem o monitoramento da aproximação dos pais da escola por meio de uma sincronização com o GPS do celular. Os estudantes então só precisam ser liberados quando os pais deles já estiverem chegando no portão da escola. Dessa forma, os alunos podem sair aos poucos, e não todos de uma vez.
Onde encontrar esses recursos?
Todos os recursos digitais que citamos no tópico acima estão presentes na ClipEscola – Plataforma de Transformação Digital M3I. A solução possui funcionalidades para todas as necessidades de aulas híbridas, para a comunicação escolar e muito mais. Veja alguns dos recursos disponíveis:
- Sala de aula virtual – para transmissões de aulas ao vivo
- Diário do professor – permite o envio de materiais, inclusive aulas gravadas
- Formulários – possibilita a criação de provas, exercícios e também de formulários para o monitoramento da saúde dos estudantes
- Clips – permite a comunicação com pais e alunos por meio de recados digitais
- Estou Chegando – monitora a aproximação dos pais da escola, para que o aluno seja liberado só no momento em que os responsáveis já estiverem bem próximos
Além dos recursos citados, há muitos outros. Para saber mais, solicite contato por aqui.
Leia mais
– Volta às aulas presenciais: medidas de higiene e cuidados necessários
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