A escola evoluiu muito ao longo do tempo. O artigo de hoje investiga a trajetória da educação como um todo, desde a pré-história até chegar aos dias atuais e à revolução tecnológica da qual fazemos parte. Venha conosco nessa viagem e confira um panorama da escola ontem e hoje!
Para poucos
As primeiras culturas humanas eram tribais e nômades, o que implicava no conhecimento sendo transmitido exclusivamente no seio do núcleo familiar, da mesma forma que podemos observar nos outros animais. Com a criação das instituições sociais, começamos a ter os primeiros tutores, mas eles ensinam apenas nas residências das famílias mais abastadas.
No período feudal, a educação coletiva na Europa surge vinculada às igrejas. É por isso que hoje em dia alguns dos colégios mais tradicionais e conceituados ainda são mantidos por ordens religiosas. Em Florianópolis, por exemplo, temos o Centro Educacional Menino Jesus, administrado pela Associação das Irmãs Franciscanas de São José. Ele surgiu em 1955, mas a congregação que lhe deu origem foi fundada em 1875, na Alemanha.
Aufklärung
E não é coincidência termos chegado na Alemanha. Junto com a França, a Itália e outras potências do “velho mundo”, é lá que as ideias iluministas florescem. Entre elas devemos destacar a de igualdade entre os homens e do domínio da razão. Daí para a educação universal é um pulo, percebe?
Esse também é o período chamado de “Era dos Descobrimentos”, e é aí que o Brasil entra na história. Em 1549 chega em Salvador o primeiro grupo de padres jesuítas, e eles imediatamente fundam uma escola elementar. No mesmo século, novas instituições escolares jesuítas foram criadas nas províncias de São Paulo de Piratininga, Rio de Janeiro, Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e Pernambuco.
Não vamos deixar o título desta seção sem explicação: aufklärung é um termo em alemão usado para se referir ao iluminismo e também é utilizado no sentido de “esclarecimento”. A ideia é que a educação deveria iluminar a alma humana.
Ampliação
Apesar de muitas receberem subsídios do governo, as escolas pioneiras eram voltadas a atender os filhos das elites locais, restringindo o acesso. Apenas em 1824 é outorgada a primeira constituição brasileira, que prevê a instrução primária gratuita a todos os cidadãos. Uma década depois as competências são definidas, com as províncias se responsabilizando pela educação primária e secundária e ficando o ensino superior a cargo da administração nacional. Mesmo assim, em 1900 tínhamos um índice de analfabetismo de 75%.
Durante a Primeira República ocorreu a Reforma Benjamin Constant, de cunho positivista, que estabelece a laicidade do ensino e substitui o enfoque literário pelo científico. Já no século XX, no decorrer da era Vargas, é adotado o regime universitário e regulamentado o ensino comercial, em consonância com a industrialização em andamento.
Online, mobile e multimídia
Chegamos ao século XXI! Questões em aberto não estão em falta, mas junto com elas também surgem as oportunidades e inovações. Já falamos sobre alguns dos caminhos que essas metamorfoses devem seguir em nossa matéria sobre tendências para a educação em 2017.
Em suma, o desafio é transformar a expansão do século anterior em verdadeira inclusão e atingir níveis recordes de aproveitamento. Mas como fazer isso quando as circunstâncias são tão distintas para cada indivíduo? É aí que podemos contar com os desenvolvimentos tecnológicos, não só como ferramentas, mas também como peças em um processo mais amplo de renovação no olhar educacional.
Para fornecer elementos para pensar a educação em meio às constantes transformações pelas quais nossa sociedade contemporânea globalizada passa, encerramos com um vídeo do especialista em educação Sir Ken Robinson:
Leia mais
– 7 palestras que podem transformar a sua visão sobre a educação
– 5 motivos pelos quais os estudantes precisam de tecnologia em aula