A saúde financeira das instituições de ensino particulares sofreu grandes impactos na pandemia, tendo que superar obstáculos como: inadimplência recorde, descontos e evasão. As escolas que sobreviveram a toda essa tormenta precisam agora fazer uma sólida gestão da inadimplência. Assim, poderão passar o ano com menos sobressaltos, sem precisar “matar um leão por dia” para conseguir equilibrar o caixa, e também poderão começar a retomar o ritmo de crescimento.
Vamos conversar sobre o planejamento da gestão da inadimplência da sua escola? Confira alguns pontos importantes que você deve considerar:
Aspectos legais
A primeira coisa antes de criar estratégias para combate à inadimplência é saber o que pode e o que não pode ser feito do ponto de vista legal. Vamos passar longe de problemas nesse aspecto, certo?
A Lei nº 9.870/99 define que a escola não pode causar qualquer prejuízo pedagógico aos alunos cujos pais estejam inadimplentes. Eles não poderão ser impedidos de fazer provas, ter os documentos retidos ou sofrer qualquer penalidade. O estudante só poderá ser desligado da escola ao final do ano letivo, quando então poderá ter a sua rematrícula recusada. Os pais têm o direito de exigir os documentos para a transferência do filho para outra instituição, e a escola tem a obrigação de fornecê-los.
A relação entre a escola e os pais também é entendida como uma relação de consumo. Por isso, também precisa obedecer ao Código de Defesa do Consumidor (CDC). De acordo com o Artigo 42, o aluno e seus pais não devem sofrer ameaças, constrangimentos ou exposição ao ridículo. A instituição, porém, tem o direito de cobrar a dívida judicialmente.
Ações para evitar a inadimplência
O plano de gestão da inadimplência deve conter, além de ações combativas, ações preventivas também, que visem evitar que a inadimplência ocorra. Melhor que solucionar um problema é impedir que ele aconteça, não acha?
Vamos ver algumas táticas para isso:
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Beneficie o bom pagador
Uma estratégia bem conhecida das instituições de ensino para evitar a inadimplência é a oferta de benefícios ao bom pagador. Em geral, esses benefícios consistem em descontos na mensalidade quando a quitação ocorrer dentro do prazo de vencimento. Se o responsável financeiro deixar o prazo estourar, automaticamente ele perderá o desconto e precisará pagar o valor integral, acrescido de juros e multa.
Essa é uma boa tática, mas a escola precisa calcular esses descontos ofertados na ponta do lápis. O valor pago, mesmo com descontos, deve ser maior do que as despesas pelo serviço prestado e deve permitir que a instituição tenha a margem de lucro necessária. Então, faça os cálculos bem certinhos para que a estratégia seja usada a seu favor, e não contra você!
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Ofereça o máximo de praticidade no pagamento
Pagar a mensalidade precisa ser algo fácil. A escola não deve ficar contando, por exemplo, com a boa memória dos pais. Não faça com que eles tenham que entrar no portal do aluno com login e senha para pegar o boleto, ou abrir um e-mail que pode até estar na caixa de spam, ou pedir o boleto para o filho, ou ainda pior, ir até a escola para pegá-lo.
Também não faça com que os pais tenham que sair em horário comercial do trabalho e pegar trânsito para ir até um banco ou lotérica pagar a mensalidade. Mesmo se a quitação for na própria escola, ainda assim é um deslocamento. Pense, quanto mais trabalhoso for pagar, menos pagamentos virão em dia. É uma lógica bem simples.
O mais prático para os pais é receber o boleto bem na palma da mão, com uma notificação avisando que ele chegou e com possibilidade de quitação em questão de minutos pelo próprio celular. Para isso, basta que a escola tenha um assistente de recebimentos como este aqui, por exemplo. Facilita a vida!
Use a tecnologia para dar tração às cobranças
Já falamos dos aspectos legais, de ações preventivas, e agora chegou a parte do planejamento de gestão da inadimplência em que veremos as ações combativas! A primeira delas é o uso da tecnologia para efetuar as cobranças de forma escalável.
A forma tradicional de cobrança, que é a ligação telefônica, é bastante manual e falha. Ela depende de pessoas ligando para todos os pais inadimplentes um a um. Isso pode ser bastante demorado e infrutífero, já que muitas pessoas não atendem o celular em horário comercial, ainda mais se desconfiarem que a ligação é uma cobrança. Caso atendam, é muito fácil dar a desculpa: “não posso falar agora, me liga mais tarde”. Tenho certeza de que a pessoa responsável pelas cobranças na sua escola reconhece bem essa realidade.
Já com a tecnologia, o cenário é assim: o pai recebe uma notificação no celular informando que o boleto está atrasado. A escola consegue saber se ele visualizou essa notificação e até o horário em que isso ocorreu. Um boleto atualizado, já com os juros e multa inclusos, é disponibilizado automaticamente a esse pai, sem necessidade de contato com a escola. Depois, ele consegue quitar esse débito pelo mesmo local se a opção for crédito, ou pelo internet banking, se for boleto. Tudo ocorre em minutos!
A tecnologia usada para tudo isso é a mesma que já comentamos com você, o assistente de recebimentos, que também funciona para cobranças. É um recurso que tem permitido que as escolas alcancem resultados exponenciais no enfrentamento da inadimplência. Com essa estratégia, o pai não tem como dar a desculpa de que ele “não viu” a notificação. Está tudo ali registrado. Além disso, os colaboradores do financeiro não precisam gastar um segundo do dia deles com toda essa função. Que “mão na roda”, hein?
Crie um conjunto de ações para casos mais complicados
Para pais que já estão há alguns meses inadimplentes e para os quais nada do que falamos anteriormente foi o suficiente, você precisará aplicar algumas estratégias adicionais. O ideal é criar uma régua de cobrança para essas ações, aplicando as mais leves para os pais que estão inadimplentes há menos tempo e as mais enérgicas para os que já estão há um tempo muito longo. Veja alguns exemplos:
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Negociação dos débitos atrasados
Se os pais já estão com a mensalidade atrasada há dois ou três meses, o ideal é que a escola ofereça a eles a negociação desses valores. Uma opção é parcelá-los e incluir as parcelas no valor das mensalidades restantes para o ano letivo. Caso a sua escola utilize o assistente de recebimentos, isso pode ser feito por meio da opção de agrupamento de boletos.
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Inclusão do nome do inadimplente nos serviços de proteção ao crédito
Ninguém gosta de ficar com o nome sujo na praça, certo? Uma opção que a sua escola tem, e que só deve usar realmente em casos mais difíceis, depois de esgotadas todas as tentativas e conversas com o inadimplente, é a inclusão do nome dele no Serasa. Após essa inclusão, o inadimplente será notificado e terá a oportunidade de pagar a dívida antes que o nome dele seja negativado.
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Cobrança judicial
Essa opção é o extremo do extremo. Você tem pais que estão inadimplentes há um longo período, já tentou cobrá-los, negociar a dívida, notificá-los pelo Serasa e nem assim conseguiu resultados? A cobrança judicial então é um recurso que a sua escola tem o direito de usar.
Como a ClipEscola pode ajudar na gestão da inadimplência da sua escola?
Quer uma mão na gestão da inadimplência da sua escola? Nós podemos te ajudar! A ClipEscola é a empresa que desenvolve o ClipPag, um robusto assistente de recebimentos e cobranças que faz parte da nossa solução. Com ele a sua instituição pode realizar tanto ações preventivas como combativas, como por exemplo:
- Alerta aos responsáveis financeiros de que já há um boleto disponível para quitação
- Disponibilização do boleto no próprio app
- Facilidade de pagamento, permitindo que a quitação seja feita dentro do próprio aplicativo em questão de minutos
- Notificação de boletos atrasados
- Disponibilização do boleto atualizado para quitação, já com juros e multa inclusos
- Possibilidade de agrupamento do boletos, para que parcelas de dívidas negociadas possam ser pagas em conjunto com a mensalidade normal
Essas são só algumas das possibilidades do ClipPag, mas há muito mais. Confira tudo aqui!
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