A máscara é um item de segurança que com certeza marcará presença no cenário de volta às aulas no país. Recomendada pelo Ministério da Saúde, ela funciona como uma barreira física para as gotículas de saliva que podem conter Coronavírus. Embora seu uso seja indicado para todos os ambientes, não há como usá-la na hora das refeições. Por esse motivo, as escolas têm um grande desafio pela frente: proporcionar um ambiente seguro para os alunos na hora do lanche, quando todos estarão sem máscaras.
Planos de ação para a hora do lanche
É importante que a escola se antecipe à data de volta às aulas e crie um plano de ação desde já para garantir que os alunos não corram perigo na hora do lanche, quando precisarão tirar as máscaras para comer. Alguns formatos que podem ser aplicados para esse momento são:
Demarcações de distância na cantina e refeitório
Em um momento no qual o uso da máscara é impossível, os cuidados com o distanciamento social devem ser redobrados. Caso a escola opte por manter a cantina e o refeitório abertos, é essencial que haja marcações sinalizando a distância mínima que um aluno deve ficar do outro.
Essas marcações devem estar no chão em frente à cantina, sinalizando a distância na fila para a compra dos lanches. Devem estar também nos assentos do refeitório, mostrando quais deles não devem ser utilizados, para que assim haja distanciamento na hora em que os alunos irão tirar as máscaras para comer.
É claro que para tudo isso funcionar bem, é fundamental que a hora do lanche seja alternada entre as turmas do colégio. Elas certamente já estarão reduzidas em sala de aula – devido ao ensino híbrido – mas só isso não será o suficiente. Não há como manter o distanciamento social se todos os alunos da escola forem liberados ao mesmo tempo para o recreio. O formato deste tópico só é viável se houver essa alternância de horários para o lanche, e se o refeitório puder ser higienizado entre um grupo de alunos liberados e outro.
Refeitório com divisórias nas mesas
A ideia já é aplicada em refeitórios de algumas escolas de outros países. No Brasil, já marca presença em refeitórios de hospitais e até em academias, supermercados, ônibus e carros de transporte de passageiros. São elas: as divisórias de proteção. Assim como as máscaras, elas têm o papel de atuar como uma barreira física para as gotículas de saliva potencialmente contaminadas por Covid-19. É possível instalá-las nas mesas do refeitório escolar, para que operem como uma “máscara” no momento em que os alunos estão sem ela.
Há diversas possibilidades de materiais para as barreiras, desde acrílico e MDF até recursos mais baratos, como o plástico. A escola pode tanto comprar as divisórias prontas quanto confeccioná-las de forma caseira, com canos de PVC e plástico filme, como fez este hospital brasileiro. Caso a instituição decida aderir a essa alternativa, é importante que mantenha os separadores constantemente higienizados.
Compra de alimento na cantina, mas consumo em sala de aula
Uma terceira alternativa para a escola, caso ela decida manter a cantina aberta, é permitir que os alunos realizem a compra dos alimentos no local, mas façam a consumação deles em sala de aula. Assim, no único momento em que os estudantes precisarão tirar as máscaras, eles estarão em um ambiente no qual o distanciamento social já está demarcado.
A escola pode decidir liberar a compra dos alimentos na cantina na hora em que aluno chegar na instituição ou então na hora do lanche. No segundo caso, o estudante precisaria comprar e voltar para a sala. Então, essa liberação para a compra teria que ocorrer em horários alternados. Em qualquer dos casos, é importante que haja em frente à cantina a demarcação de distanciamento social para o caso de formação de filas.
Compra de alimentos online, busca na cantina e consumo em sala de aula
Um alternativa semelhante à anterior, mas que possibilita a diminuição do tempo em que o aluno passa na cantina, é a compra dos alimentos oferecidos pelo local de forma online, via aplicativo. Nesse caso, a cantina disponibiliza um menu online, os alunos (e os pais) fazem a escolha das opções e das quantidades, efetuam o pagamento pelo app e agendam um horário para buscar os lanches na cantina. Assim, o tempo com conferência de dinheiro, troco e digitação da senha do cartão é eliminado, e o contato físico com dinheiro de papel também.
A solução que desenvolvemos aqui na ClipEscola, por exemplo, traz essa possibilidade. No recurso de Forms da agenda digital há um modelo pronto de menu virtual no qual as opções disponíveis na cantina podem ser inseridas. A escola envia o formulário aos pais, eles fazem a escolha junto com os filhos e retornam o formulário para a escola. Um boleto então é gerado pela instituição dentro da funcionalidade ClipPag com o valor correspondente do lanche. Os pais pagam o boleto pelo app, a escola confirma o pagamento e o aluno pode, no outro dia, buscar o lanche na cantina no horário agendado.
Nessa estratégia, o consumo do alimento também deve ocorrer dentro de sala de aula, dentro do distanciamento social que já está demarcado entre as carteiras. Quando chegar a hora do lanche, o estudante já terá pego a refeição dele e poderá então consumi-la com mais segurança. É importante que os professores orientem e fiscalizem para que não haja conversa entre os estudantes nesse momento de alimentação, quando todos estarão sem máscaras.
Aluno traz o lanche de casa e consome-o em sala de aula
Fechando esta lista de ideias para planos de ação está um formato que tem sido muito empregado por escolas que já reabriram ao redor do mundo e até pelas poucas que reabriram no Brasil: a hora do lanche totalmente dentro de sala de aula, com alimentos trazidos de casa pelos alunos. Nesse modelo, os estudantes não precisariam sair do distanciamento social demarcado em sala de aula nem mesmo para a compra da merenda.
Em todo o tempo que o estudante estiver sem a máscara, é importante que ele apenas coma, mas não converse com ninguém e também não compartilhe o lanche. O professor deve passar essa orientação e ficar atendo ao cumprimento. É essencial que os alunos também não usem o momento de intervalo para quebrar o distanciamento social e ir até a carteira dos colegas. Eles certamente sentirão saudades uns dos outros, mas é preciso primar pela segurança.
Como garantir a eficácia do planejamento
Sabemos que muitas vezes a execução de um planejamento não sai exatamente conforme o esperado. Porém, esta é uma situação que envolve a segurança da saúde dos alunos, então é importante que a escola faça todo o possível para garantir que o plano de ação seja cumprido da forma como foi estruturado. Para isso, há um ponto fundamental: comunicação.
Comunicação com a equipe
É crucial que a equipe da escola esteja muito alinhada com relação ao plano de ação. Todos – dos colaboradores da cantina aos professores – precisam conhecer bem a estratégia e poder tirar todas as dúvidas que tiverem. O ideal é que a escola formalize tudo em um documento e disponibilize-o à equipe, para que qualquer um possa consultá-lo sempre que ficar em dúvida sobre alguma questão. O passo seguinte são reuniões e treinamentos online.
Para que toda essa parte seja feita de forma organizada e sem correrias de última hora, é fundamental que ocorra com antecedência, e não apenas nas vésperas da volta às aulas. E quando as escolas estiverem para reabrir, é interessante que seja realizada uma simulação presencial com a equipe, para que todos vejam na prática como tudo irá funcionar.
Comunicação com as famílias
É essencial que a escola mantenha as famílias dos alunos informadas sobre o que foi planejado. É um momento em que todos estão muito preocupados, e essa é uma forma de a escola demonstrar a pais e responsáveis que ela está tomando todos os cuidados necessários para que a volta às aulas seja muito segura em todos os momentos, inclusive na hora do lanche.
Em muitos casos, essa comunicação com a família também servirá para o envio de instruções. Se a escola decidir que o aluno trará o lanche de casa, por exemplo, os pais precisam saber que devem prepará-lo e se é necessário colocá-lo em algum tipo de embalagem especial. Devem ser informados também se o aluno precisará trazer a própria garrafinha de água de casa.
Comunicação com os alunos
Para a máxima eficácia do planejamento, é importante que os alunos também sejam incluídos nas comunicações da escola. O ideal é que eles recebam previamente orientações de como tudo irá funcionar e recomendações como:
- Não compartilhar lanche com os colegas
- Não falar enquanto estiver sem a máscara na hora do lanche
- Não ir até a carteira do colega no intervalo
- Não sentar em locais demarcados no refeitório
- Na fila para a cantina, ficar em cima da demarcação de distância
- Manter o distanciamento social com os colegas até mesmo no recreio
Como realizar todas as comunicações necessárias
Como estamos em isolamento social, a comunicação da escola com a equipe, as famílias e os alunos só é viável pelo meio digital. O canal utilizado para realizá-la precisa atender a algumas necessidades:
- Comunicação com todos os times de trabalho da escola
- Comunicação com fornecedores (no caso de a cantina ser terceirizada)
- Envio de documentos (plano de ação)
- Realização de reuniões com transmissão ao vivo
- Comunicação com as famílias
- Comunicação com os alunos
O ideal é que tudo isso fique centralizado em um único local, para conferir mais organização ao processo. A Plataforma de Transformação Digital ClipEscola, por exemplo, atende a todas as necessidades citadas. A solução possui um módulo exclusivo para a comunicação interna, que permite inclusive o contato com fornecedores terceirizados.
A ClipEscola também possui recursos para a execução de uma das ideias citadas neste post, que é a compra dos alimentos de forma online para a busca posterior na cantina. Para isso, temos formulários com um modelo pronto de menu virtual. Temos também a funcionalidade ClipPag, que permite a automação de todos os recebimentos da escola, inclusive os referentes à cantina. Solicite mais informações sobre a nossa solução por aqui.
Leia mais
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– Como evitar aglomerações na hora da saída quando as aulas retornarem