A lista de materiais escolares terá uma cara diferente este ano, tanto no tamanho quanto no conteúdo. As mudanças são um reflexo do ano letivo atípico que teremos em 2021 – fato esse que desta vez conhecemos já na largada. Entenda melhor as mudanças no post de hoje!
A pandemia e a lista de materiais escolares
A lista de materiais escolares deve estar mais enxuta este ano. O motivo: heranças da lista do ano passado. No começo de 2020 ninguém sabia que praticamente o ano letivo inteiro seria de EaD, então a lista pediu materiais que acabaram nem saindo do pacote. Esses itens, conforme o Procon orienta, devem ser reaproveitados ou devolvidos às famílias.
Além de materiais novos, os alunos também têm o direito de reaproveitar materiais usados. É interessante que a própria escola oriente os pais para que reutilizem materiais que tiveram pouco uso. A mochila, por exemplo, quase não foi utilizada, e em alguns casos até cadernos, lápis, lápis de cor, canetas e borrachas. O uso desses materiais seminovos traria uma economia muito bem-vinda às famílias em uma época em que a renda de muitos caiu.
Um outro ponto a destacar da lista é a presença de um novo item: a máscara. Ela pode sim ser solicitada, porém a escola não pode incluir o item como parte do uniforme e exigir que os alunos só usem máscaras com o logo da instituição ou que só a comprem na escola. Cabe às famílias a escolha do modelo de máscara e do local da compra.
Há muitas dúvidas também sobre itens para evitar o contágio pelo vírus, como álcool em gel e utensílios descartáveis: pratos, copos, colheres, garfos e facas. Saiba então que a sua escola não pode pedir nada disso na lista de materiais escolares.
O álcool em gel é um produto de limpeza/higiene, e produtos dessa natureza sempre foram vetados da lista pelo Procon, e continuam sendo agora. Da mesma forma, utensílios descartáveis para alimentação não podem ser solicitados, pois são materiais de uso coletivo e sem caráter pedagógico. A lei entende que esses custos já devem ser considerados nos cálculos da mensalidade escolar.
Outros itens que devem ficar de fora da lista
Além dos itens que citamos, que são os que mais geram dúvidas quanto à inclusão ou não – devido ao uso deles nas estratégias de combate ao Coronavírus nas escolas – há muitos outros que também não podem constar na lista de materiais escolares, como por exemplo:
- Outros materiais de uso coletivo, como toners de tinta, giz para quadro-negro, grampeadores, lâmpadas, etc.
- Outros produtos de limpeza/higiene, como desinfetante, papel higiênico, baldes e sacos de lixo. Produtos como shampoo, sabonete e escova de dentes só podem ser solicitados para alunos que estudam em período integral.
- Itens em demasia. Materiais como folhas de papel ofício, algodão, cartolina, cola branca, CD, jogo pedagógico, jogo infantil e envelopes, por exemplo, até podem ser pedidos, mas em quantidade restrita.
- Remédios.
- Indicação de marca de produto. Conforme o Código de Defesa do Consumidor, as pessoas têm direito de escolha, e podem fazer pesquisas de preços e comprar materiais de acordo com os critérios que acharem relevantes.
- Indicação de local da compra. A escola não pode exigir que os pais comprem itens de uma determinada loja ou da própria instituição. O consumidor tem o direito de escolher aonde prefere comprar.
Penalidades
Escolas que incluírem itens como os descritos acima na lista de materiais escolares podem sofrer penalidades. Caso algum pai denuncie a instituição ao Procon, apresentando a lista que recebeu dela, a escola poderá ser notificada e multada. O valor da multa é proporcional ao faturamento da instituição, e pode chegar à casa dos milhões. Então você já sabe, muito cuidado com o que vai colocar nessa lista hein?
Divulgação da lista
Agora que você já sabe sobre as mudanças na lista de materiais escolares provocadas pela pandemia, e o que a sua escola pode e o que não pode incluir, vamos falar da divulgação da lista aos responsáveis?
Se você fosse pensar em um local no qual os pais com certeza visualizariam a lista, que local seria esse? Aposto que a imagem de um celular passou agora mesmo pela sua cabeça! Não é para menos, as pessoas checam o celular inúmeras vezes por dia. Então, eis aí a solução. O melhor local para garantir que a lista será visualizada pelos pais é no smartphone.
Quando digo isso, não pense nem de longe que eu sugeri o WhatsApp. Apps informais de mensageria instantânea não são eficazes para a entrega de arquivos que precisem ser encontrados depois. Eles ficam perdidos em meio ao fluxo de conversas, e depois ninguém encontra quando precisa. Sem falar que dessa forma a escola abriria um canal de diálogo instantâneo com os pais que seria difícil de fechar depois, o que geraria uma demanda enorme para os colaboradores. Portanto, abstraia essa ideia!
A minha sugestão é algo bem mais eficaz, que passa uma visão bem mais profissional e que não gera conversas instantâneas: a agenda digital escolar. Ela é um canal de comunicação oficial da instituição de ensino e permite o envio de arquivos na forma de recados digitais. A lista de materiais escolares pode inclusive ser montada em um template personalizado para essa temática. Há muitos modelos disponíveis na biblioteca da ferramenta!
Sabe o que mais? A escola conseguirá obter em tempo real estatísticas de recebimento e de visualização de todos os pais do colégio. Poderá até verificar pais específicos se quiser. Não há como desabilitar a opção de confirmação de visualização. Pura eficiência, não acha? Conheça a agenda digital mais completa do mercado aqui.
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