No Dia Internacional da Mulher, não poderíamos deixar de falar delas e de suas conquistas. E como educação é nossa especialidade, é nos papéis fundamentais que elas têm nessa área que iremos nos deter. Não precisamos ir longe, com certeza você possui lembranças marcantes de pelo menos uma professora, orientadora ou diretora, mas o mais provável é que você tenha convivido com várias.
A história do reconhecimento do valor da mulher é recente e continua sendo escrita a cada dia. No Brasil, não havia escolas para elas até 1863. Hoje, elas já são maioria no ensino médio, profissional e superior, mas ainda enfrentam barreiras em algumas áreas, principalmente as exatas.
Educação para todo lugar
Nas primeiras escolas que aceitavam meninas, elas não recebiam lições de cálculo. Ao invés disso, os ensinamentos eram voltados para as tarefas domésticas e o comportamento em sociedade. Mais tarde, elas passaram a receber formação para se profissionalizarem como professoras primárias, um avanço, mas ainda bastante vinculado a uma visão maternal.
Atualmente, com a obrigatoriedade do ensino básico, até certa faixa etária temos o número de alunos matriculados fortemente ligado à natalidade, o que torna menos relevantes as diferenças entre os sexos. Mas a partir do ensino médio, quando começam as preocupações mais individuais com o futuro, elas se destacam, havendo meio milhão a mais de alunas do que de alunos no país nesse nível, conforme o censo escolar de 2014.
De acordo com o censo do ensino superior de 2012, as mulheres são maioria nas graduações em todas as regiões do Brasil, como você pode observar no gráfico abaixo.
No entanto, as portas não estão todas igualmente abertas. Enquanto no curso de Pedagogia 93,7% dos estudantes são mulheres, na graduação em Sistemas de Informação elas representam apenas 16,4% dos discentes. Temos também exemplos de cursos com um mais equilíbrio, como Geografia, com 53,6% para eles, e Engenharia Química, com 53,6% para elas. Misturando, a troca de experiências fica mais rica, não é mesmo?
A única área de docência na qual as mulheres não são maioria é o ensino superior, apesar da variação entre os cursos ser semelhante no caso dos estudantes. São quase 35 mil homens a mais lecionando nos cursos de graduação, o que é compatível com a maior presença deles nos cursos de doutorado. Aos poucos essa situação vai se revertendo, já que elas tomaram a dianteira nos mestrados.
Claro que não é só ensinando diretamente que elas deixam sua marca na educação. Podemos encontrá-las na diretoria, na coordenação, na secretaria e até verificando os nutrientes da merenda. Essa variabilidade e a vocação para a liderança combinam com a maior presença delas também no curso de Administração (56,5%).
A mulher nas tecnologias educacionais
Cada vez mais a pedagogia e a computação têm feito as pazes, com os recursos tecnológicos se convertendo em ferramentas cruciais para o processo de ensino-aprendizagem. O ClipEscola é um grande exemplo desse casamento perfeito entre a funcionalidade dos softwares, exatos e objetivos, e a fluidez da comunicação, com seu valor humano.
É por isso que não seria possível o sucesso que estamos alcançando em todas as regiões do país se não fosse o trabalho dedicado e incansável de várias mulheres que decidiram fazer da melhoria do fluxo de informações nas escolas sua missão. Aqui elas atuam na área comercial, administrativa, marketing, atendimento, suporte, teste dos apps e várias outras atividades, bem a cara da mulher brasileira.
Por isso, nos despedimos apresentando uma parte dessa equipe, que tem muito a comemorar. Parabéns para nós!
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