A comunicação no ensino básico vai muito além da simples troca de ideias, atuando como um instrumento para a integração do cidadão à sociedade. Sendo assim, é fundamental que conheçamos as ferramentas e métodos que nos permitam influenciar positivamente a formação de nossas crianças, preparando-as para contribuir para a melhoria do coletivo.
Há quem diga que nenhuma tecnologia jamais é completamente obsoleta, elas apenas se tornam mais restritas ou transformam-se tanto que ficam quase irreconhecíveis. Um exemplo curioso são as tábuas de pedra, aquelas que Moisés carregou para mostrar os dez mandamentos. Depois de cerca de três mil e quinhentos anos, elas ainda são utilizadas como identificações na frente de prédios importantes. E sabe qual é o nome delas em inglês? Tablets…
Com essa perspectiva, faremos um breve apanhado dos principais meios de comunicação, como eles foram utilizados ao longo da história e como podem ser empregados hoje na educação básica.
Desenhos nas paredes
Estima-se que existam há mais de 12 mil anos e podem ser encontrados no mundo todo, inclusive na sua sala, se houver uma criança sem supervisão. Dá para ver que o impulso ancestral não desaparece tão facilmente, não é? Não precisamos detalhar todos os problemas com essa plataforma, como a sujeira, a dificuldade de reutilização, a restrição de espaço, etc. Então vamos guardá-la apenas para ocasiões muito especiais, como uma redecoração.
Papel
O papel foi inventado na China por volta do segundo século e acabou tornando-se um material utilizado globalmente, podendo até mesmo ser usado para proteger aquela parede que a criança insiste em riscar. Além do peso quando precisa ser carregado, o papel também se tornou um grande fardo para os ecossistemas, demandando a derrubada de cerca de onze eucaliptos para cada tonelada e 10 litros de água para cada folha A4. Podemos concentrar o seu uso nas atividades criativas, como recortes, origamis, pinturas e outros, mas conduzir o fluxo de informações em meios mais modernos.
Telefone
A transmissão da voz humana a distância aumentou a carga afetiva da comunicação mediada tecnologicamente. Suas principais desvantagens são a perda de compreensão quando há muitos interlocutores e a necessidade de que os participantes estejam disponíveis no mesmo momento para que a conversa aconteça. No contexto educacional, é bom evitar o uso, para evitar falhas de entendimento e de recuperação de informações e também prevenir o gasto excessivo de tempo com desvios de tema.
Internet
A rede mundial de computadores tem sua origem no ensino superior e em operações militares. Desde o início, ela foi pensada como um grande repositório de conhecimento, mas expandiu sua relevância ao permitir a troca de mensagens. Cada vez mais interativa e multimídia, oferece recursos didáticos potencialmente infinitos e é aí que mora o perigo: precisamos de professores preparados para agir como curadores, separando o joio do trigo.
Smartphones e tablets
Constituem-se mais ou menos como uma soma dos meios anteriores, adicionando praticidade e ubiquidade à capacidade de compartilhamento global. Em uma escola que já tenha informatizado sua gestão, o passo natural agora é adotar um aplicativo de comunicação com pais, colaboradores e alunos, levando a influência benigna da educação para os lugares e momentos nos quais ela é mais necessária.
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